A urgência e importância da reabilitação dos centos urbanos, justifica plenamente, que apareçam produtos financeiros vocacionados para este mercado. Produtos que, além de tudo, tenham, inclusivamente, uma eventual caução do Estado capaz de facilitar o acesso dos interessados a esse financiamento.
O relançamento da Economia portuguesa, também passa – todos o sabemos – pela fileira da Construção e do Imobiliário, e esta, tem de acertar o passo pela Europa, nomeadamente no que respeita à importância a dar á reabilitação e à regeneração dos centros urbanos, cujo volume de negócios é, entre nós, ainda pequeno, em percentagem relativa ao sector que ainda nem atinge valores de dois dígitos.
A reconstrução, visando a reabilitação e a regeneração das cidades como espaço por excelência da cidadania, passa essencialmente pela iniciativa privada, eventualmente por parcerias entre os sectores público/privado, sendo uma obrigação ética que a nossa geração deve assumir, no sentido de deixar aos vindouros, em boas condições, o património construído herdado, e, sendo uma opção que gera trabalho indispensável à recuperação económica.
Para levar a bom porto esta barca, é indispensável que, os que se situam no triângulo vital da requalificação urbana – proprietários, autarquias locais e Governo – desencadeiem procedimentos adequados, um dos quais, o último, mas não o menos importante, é garantir o acesso dos interessados ao financiamento indispensável à operação – um financiamento bem garantido pela localização sempre privilegiada dos centros históricos.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 19 de Junho de 2010 no Expresso