Há momentos em que não podemos ficar de fora, mesmo que seja tentador assumir a cómoda atitude dos treinadores de bancada, ou seja, a daqueles para quem tudo o que os outros fazem está mal, mas são incapazes de propor uma alternativa concreta, diferente e melhor.

Não estar de fora por imperativo ético também legitima a actividade de uma associação como a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), nomeadamente quando utiliza o profundo conhecimento que tem do sector para sensibilizar os que o tutelam.

Esta vocação justifica todo o empenho na consciente promoção do mercado do arrendamento urbano, como motor do mercado da reabilitação urbana, ambos fundamentais para o impulso que a economia do nosso pais precisa neste momento difícil .

A confiança no mercado do arrendamento urbano que muitos investidores reclamam, passa por uma maior celeridade na Justiça, nomeadamente no que toca à resolução de conflitos em sede de contratos de arrendamento, e no que toca a uma maior justiça na fiscalidade sobre os rendimentos aí obtidos.

Este “comboio de boa velocidade”  em que a nossa economia ainda pode embarcar, potenciará melhor a reabilitação urbana, outra saída para a preservação da riqueza do nosso património, contribuindo para a recuperação de muitos postos trabalho perdidos e até para o turismo residencial.

É só isto – e não é pouco – o que temos vindo a lembrar aos nossos governantes e a representantes de partidos com representação parlamentar, numa assumida acção de persuasão, mais patriótica do que corporativa, que, felizmente, tem sido bem recebida.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 17 de Setembro de 2011 no Expresso

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