A promoção da marca e da imagem Portugal é, seguramente, uma das principais tarefas de qualquer Ministério da Economia e muito mais num cenário em que o crescimento está exageradamente dependente das nossas exportações e estas da credibilidade que o país e, por arrasto, os bens que produzimos ou aos quais acrescentamos valor possam readquirir nesses mercados.

Não há receitas para estas operações de melhoria da nossa imagem externa, junto de terceiros, mas há a certeza da imperiosa necessidade de não podermos falhar nesta matéria. Na verdade, há momentos em que não há qualquer margem para erros. O momento que estamos a viver é precisamente um desses momentos determinantes que não contemplam o insucesso  

Precisamos de ser reconhecidos pelas nossas capacidades, pela qualidade do que podemos oferecer nos mercados externos, pela excelência do país enquanto destino turístico e de investimento num sector que não se deslocaliza e que, pelo equilíbrio alcançado, assume-se como refúgio seguro e alternativo de muito investidor.

Seria bom que pudéssemos projectar aquilo que realmente podemos e queremos ser, pelo menos a médio prazo, no conserto da globalização, um futuro que deve ser preparado com pelo menos duas décadas de antecedência e um futuro cuja preparação cuidada ajudará, em muito, a consolidar, pela positiva, a nossa imagem.

Sem este esforço, e sem a confiança necessária para garantir eficácia, jamais descolaremos do fundo dos rankings onde sistematicamente somos colocados.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 21 de março de 2012 no Diário Económico

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