Numa lista de 141 países, elaborada com dados de 2011, cruzados de fontes tão diversas como o Fórum Económico Mundial, a CIA, ou o Banco Mundial , entre outras, a Revista Forbes coloca Portugal na 24ª posição na lista dos melhores países para investir.
Na lista, encabeçada pela Nova Zelândia, a nossa bem conhecida Alemanha de Ângela Merkel figura em 21º lugar, só três degraus à frente de Portugal que, por sua vez, supera países mais ricos como a Áustria, o Brasil, a Coreia do Sul, a Espanha , a Itália ou o Japão.
Por muito menos e com notícias bem menos agradáveis para o nosso país fizeram-se manchetes e notícias de abertura durante dias a fio, numa insistência noticiosa impossível de ignorar. Mas sobre esta ordenação de países estamos a ser muito cautelosos.
A notícia, em si, não surpreende. Quem, como eu viaja longamente divulgando nessas viagens as potencialidades do Portugal imobiliário que temos e que é um imobiliário de referência do qual nos podemos orgulhar, sabe que temos capacidade de captar, em segurança, muito mais investimento estrangeiro.
Investimentos estrangeiros e poupanças, nacionais e estrangeiras, uns e outras à procura de destinos seguros, depois da má experiência de produtos financeiros tóxicos e até de mercados imobiliários que se deixaram arrastar numa bolha em espiral, o que, felizmente, não aconteceu entre nós.
Como país de clima ameno a vários níveis, como democracia europeia que tem sabido manter a sua identidade cultural sem renegar os contributos da modernidade, Portugal é um espaço ímpar de acolhimento para quem procura umas férias de qualidade ou até uma reforma de qualidade.
Este é, na verdade, um dos mais inexplicáveis segredos da Europa. É nosso dever quebrar esse segredo, divulgando-o aos quatro e, em especial, junto dos nossos mais óbvios públicos-alvo: Há quem esteja interessado em investir num país como o nosso, não sabe é que ele existe e existe com estas oportunidades.
Com a objetividade e frieza das revistas económicas de referência, a Forbes coloca-nos numa posição muito privilegiada para podermos reafirmar as nossas potencialidades junto daqueles que procuram áreas de negócios seguras para investir. E investimento é coisa que bem precisamos.
A notícia da Forbes já tem uns dias mas merece um destaque que ainda não teve. E não apenas entre nós. A notícia da Forbes não pode ser um segredo idêntico aos que guardamos religiosamente. Nem tampouco um segredo de Estado ou de Justiça. Se fosse de Justiça talvez já tivesse sido mais badalada.
Luís Lima
Presidente da APEMIP e Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
Publicado no dia 30 de novembro de 2012 no Sol