Estou entre aqueles que mais se congratulam com a assinatura de um compromisso para a competitividade sustentável do sector da construção e imobiliário como o que já terá sido assinado, no passado dia 8 de Março, entre o Governo de Portugal e a Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário (CPCI), com toda a pompa e circunstância que a anunciada presença de dois ministros e dois secretários de estado desde o início conferiu.
Ressalvando que escrevo este texto antes do acontecimento referido, sabendo que ele vai ser publicado depois do dia marcado para a apresentação do Compromisso para a Competitividade Sustentável do Sector da Construção e Imobiliário, dou como adquirido que tal compromisso foi apresentado pelo Secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, pelo Secretário de Estado das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Sérgio Monteiro e pelo Presidente da Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário, Manuel Joaquim Reis Campos.
A cerimónia, com a ressalva referida, contemplou intervenções da Ministra da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, Assunção Cristas (em torno da sustentabilidade no sector da Construção) e do Ministro da Economia e do Emprego, Álvaro Santos Pereira (sobre a competitividade do sector da construção e imobiliário), temas que me mobilizam – e a todo o sector – há muito tempo.
Lembro que decorreu em Lisboa, em Janeiro de 2011, um debate sobre a sustentabilidade dos mercados imobiliários que a Federação Internacional do Imobiliário (FIABCI) e a Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa organizaram em Lisboa, com o apoio da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) a que presidia, como ainda presido, debate que apontou para a legitimidade do imobiliário português se apresentar, interna e externamente, com uma imagem muito positiva, de transparência a confiança.
Este debate de 2011 fez deslocar a Lisboa Ariel Ivanier, à data no Departamento de Assuntos Económicos da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa (UNECE), Brian Emmot, então Presidente da UNECE/REM e Enrico Campagnoli, então Presidente da FIABCI Mundial e membro da UNECE / REM, mobilizando também nomes de referência nacional direta ou indiretamente ligadas ao sector da Construção e do Imobiliário.
Políticos, quadros da Administração Pública e da Banca, universitários e empresários do sector cruzaram informações e opiniões que traçaram um retrato muito completo do imobiliário português, sector mais seguro do que muitos pensam e capaz de ser um pilar da recuperação económica. Já então se afirmava a imagem de um mercado imobiliário português que resistia, como continua a resistir, aos efeitos da crise internacional do subprime, apesar do quadro adverso que já começava a cercar, interna e externamente, esta nossa riqueza construída.
Por tudo isto e pela assinatura de um compromisso há muito anunciado só posso estar entre aqueles que mais se congratulam com esta conjugação de vontades agora firmada.
Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP e Presidente da CIMLOP –
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
luis.lima@apemip.pt
Publicado do dia 15 de março no Sol