A Reabilitação Urbana, desafio incontornável que o sector imobiliário tenta, há anos, colocar nas agendas que são realmente tidas em conta, é muito mais do que uma via para relançar o próprio sector, e com ele a Economia, estancando e invertendo o desemprego que tem vindo a instalar-se na construção e no imobiliário.

A aposta na Reabilitação Urbana é, em primeiro lugar, um imperativo ético  relativamente aos nossos filhos e aos nossos netos, a quem temos a obrigação de deixar em herança cidades inteligentes, amigas do ambiente, economicamente sustentáveis e, acima de tudo, onde apeteça e seja bom viver no pleno exercício das nossas cidadanias.

Tem pois todo o sentido o tema que demos ao seminário que a APEMIP ontem promoveu no Rivoli do Porto, no âmbito de uma semana específica sobre o tema que decorre até dia 10 – “Reabilitação Urbana, um projeto inadiável”. Inadiável, sublinhe-se, a vários títulos, o primeiro dos quais por não sermos ricos a ponto de podermos deixar degradar esta riqueza construída.

O peso político destas questões é – como é sabido e o seminário seguramente demonstrou – muito grande, mas a necessidade das cidades assumirem políticas com sensibilidade social e preocupações ambientais e de, em coerência, reequacionarem a urgência na regeneração dos espaços públicos citadinos, devia ser consensual e transversal a todas as correntes políticas.

A consciência destas questões também cresce nos profissionais que atuam neste sector e sabem que devem ser os primeiros provedores do próprio consumidor, o que mais justifica a urgência da passagem à ação, ou seja, da passagem à Reabilitação.

Luís Lima
Presidenta da APEMIP e da CIMLOP – 
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 6 de abril de 2013 no Expresso

Translate »