Simbolicamente, quando há dias abriu no Torreão Poente do Terreiro do Paço, onde nascerá o novo núcleo sede do Museu da Cidade, a exposição  A Última Fronteira – Lisboa em Tempos de Guerra , uma mostra inspirada no livro Lisboa, uma Cidade em Tempos de Guerra, de Margarida Magalhães Ramalho, simbolicamente direi que está na hora de mostrar Lisboa em tempos de paz, como um dos mais sedutores destinos turísticos na Europa.

No Terreiro do Paço, ou mais republicanamente na Praça do Comércio, António Mega Ferreira comissaria uma exposição documental que ficará aberta ao público até 15 de Dezembro e que mostra (com fotografias, cartazes publicitários da época, mobiliário comercial, doméstico e urbano, maquinaria de comunicação e até filmes) o que foi o papel da cidade no tempo da Segunda Guerra Mundial, quando Lisboa foi destino ou escala de quem fugia da guerra que assolava a Europa.

“Lisboa era, então – como se lê numa das legendas de uma fotografia exposta -, um dos únicos portos livres da Europa, ponto de encontro e sala de espera de todos aqueles que fugiam ao nazismo”. Nesse tempo, lendo outra legenda,  “logo após a queda de Paris, em 1940, Lisboa tornou-se uma cidade vibrante, onde era possível encontrar carros com matrículas de vários países europeus”.

Escrito por uma historiadora que expressamente diz tratar-se um livro de histórias verídicas sobre um período ímpar da história da cidade, Lisboa, Uma Cidade em Tempo de Guerra é um álbum de memórias com características muito especiais onde se fala dos refugiados que chegaram a Portugal e das alterações que a presença destes provocou na capital, além de histórias quase cinematográficas em torno das intrigas dos espiões internacionais que à época por cá viviam.

Lisboa continua hoje, em tempos de paz, a ser um bom refúgio. Um bom refúgio para quem quer investir neste país, cujo património, material e imaterial, oferece uma segurança que outros destinos já não oferecem, na volatilidade de investimentos arriscados. Isto mesmo, estou certo, será o traço principal, de uma outra exposição sobre Lisboa que o município da capital irá mostrar de 9 a 13 de Outubro no Salão Imobiliário de Portugal (SIL 2013)

Refiro-me à confirmada presença institucional de Lisboa no SIL 2013, com um stand âncora, seguramente uma mostra sobre este destino turístico de referência mundial também em tempo de paz e uma mais-valia para o Salão Imobiliário que sublinho com muito apreço na minha qualidade de presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013.

As mudanças que se projetam para a Economia com a valorização do imobiliário português neste contexto ávido de agendas de crescimentos são tão profundas quanto foram, no que toca aos costumes e às mentalidades, as mudanças ocorridas nos anos 40 do século passado com a chegada a Lisboa de pessoas de variadíssimas nacionalidades e hábitos de vida muito diversos.

Agora em tempo de paz, o que também acarreta desafios difíceis de enfrentar e de superar.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP e Presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013 (SIL2013)
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 22 de Julho de 2013 no Jornal i

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