A nossa região turística continental por excelência – o Algarve – continua a ser atrativa mesmo no Inverno, onde as temperaturas médias raramente caem para valores inferiores a 10 graus centígrados, atingindo, mesmo nesta estação, os 15 e os 16 graus.  Região de muita amendoeira, o Algarve oferece no Inverno, em Janeiro e Fevereiro, o deslumbrante espetáculo, brando e rosa, das amendoeiras, uma beleza verdadeiramente mediterrânica no extremo sudoeste da península.

A Primavera é o que se sabe. Em Maio as temperaturas podem confundir-se com as do Verão, mas em Março e Abril variam entre os 18 e os 20 grais (sombra) e entre os 20 e os 30 graus (sol). Valores ideais de praia para muita gente que dispensa as 12 horas de Sol do Verão com temperaturas que podem atingir máximas de 35 graus e mínimas de 20 graus, a tornar as noites verdadeiramente únicas.

O Outono é como a Primavera, sendo possível encontrar gente a banhos de Sol e de mar em Outubro e em Novembro, o que faz com que o Algarve possa funcionar o ano todo como destino turístico de excelência, eventual e naturalmente com públicos alvo dominantes bem diferenciados ao longo das diversas estações do ano. Só no primeiro semestre de 2013, segundo o Presidente do Turismo da Região, Desidério Silva, as unidades hoteleiras do Algarve contabilizaram mais 300 mil dormidas comparativamente a períodos homólogos anteriores.

Mesmo considerando que a instabilidade de algumas Primaveras árabes e a agravada instabilidade no Médio Oriente é um dos vetores que muito contribui para os números positivos que o Turismo que este lado atlântico do Mediterrâneo tem vindo a registar, importa, como aliás sublinha o Presidente do Turismo do Algarve que é preciso cativar este acrescido fluxo turístico em vez de lamentar que estes novos turistas gastem menos do que gastavam os turistas dos bons velhos tempos.

Nesta linha de pensamento tenho de sublinhar e aplaudir o apelo que Desidério Silva lançou aos vários grupos hoteleiros algarvios no sentido de não fecharem as respetivas unidades durante a época baixa, optando, se necessário, apenas pelo encerramento de alguns espaços, para diminuir a escala mas sem a imagem sempre negativa que um hotel encerrado numa região turística acaba por transmitir. Como diz o Presidente do Turismo temos de apostar num Algarve que funcione ao longo de todo o ano e não apenas durante quatro ou cinco meses.

O ritmo de funcionamento desta região turística de excelência com condições únicas, no presente momento, para se impor ainda mais no Mundo, é que pode variar ao longo do ano, pela diversidade das respetivas clientelas e, consequentemente, pelas diferentes ofertas que venham a suceder-se em cada ano em função de cada época anual específica.

Com a certeza que o pico do Verão continuará a ser o momento de eleição para muitos turistas, sem que a Primavera, o Outono e até o Inverno deixem de ter públicos que preferem estas épocas e que
sistematicamente fogem do que atrai tanta gente em Julho e Agosto.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 13 de Setembro de 2013 no SOL

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