Os papéis do imobiliário em Portugal são transparentes. O sector oferece-se como um destino seguro para quem quer colocar investimentos legítimos que estão a valorizar-se e que, valorizando-se, garantem retornos aos investidores contribuindo também para o crescimento e para o desenvolvimento do próprio país que proporciona este mercado.
Com a renovação crescente das cidades portuguesas, numa verdadeira “second life”, real, não virtual, o mais antigo país europeu, considerando os territórios actuais de todos os países da Europa, Portugal que em tempos se afirmou como tendo dado nos Mundos ao Mundo, quando rasgou as primeiras rotas da globalização, é hoje um destino eleito.
O imobiliário português está a saber afirmar-se nos mapas de quem tenta identificar mercados seguros e com a clareza de procedimentos que hoje, crescentemente, o mundo dos negócios exige trocando aquela ambígua expressão que garantia que o segredo era a alma do negócio por uma nova máxima a sublinhar que a transparência é que é hoje a alma dos negócios.
É basicamente isso o que temos vindo a dizer nas acções de “diplomacia económica”, como as recentemente realizadas no Dubai e em Pequim. Sempre que possível também ancorados em consistentes acções de citymarketing. Não basta que o imobiliário português seja credível, livre de bolhas e em valorização crescente. É preciso mostrar e provar como é competitivo.
É preciso projectar o verdadeiro valor do nosso imobiliário. Não exclusivamente em números, mesmo que pudéssemos somar, com rigor aproximado, os elevados valores dos investimentos estrangeiros que capta, aos valores do investimento estrangeiro que também existe e ainda aos valores das actividades que se cruzam a montante e a jusante do próprio imobiliário.
Esta dinâmica é tal que hoje, nos múltiplos papéis do imobiliário, cabem também preocupações com as fontes energéticas que o imobiliário pode e deve privilegiar para que o sector cresça mas num quadro sustentável, num claro contraste com opções antigas do tempo em que pensávamos que os combustíveis fósseis eram inesgotáveis e que podíamos construir com tiques de abundância eterna.
Esta preocupação de construir e reconstruir cidades mas de forma sustentável e em modelos de negócios exemplarmente transparentes é o novo e melhor paradigma da nossa própria promoção, contrapondo-o à opacidade de outros investimentos. Os papéis que o imobiliário português assume a quem, interna ou externamente, neles aposta são, cada vez mais, de uma clara leitura.
Em contraste com as surpresas desagradáveis que são reveladas a cada instante, inclusivamente a envolver pessoas que julgávamos acima de qualquer suspeita e em áreas da actividade económica que julgávamos rigorosamente reguladas e vigiadas, o imobiliário português surpreende pela positiva quem o descobre como uma oportunidade de negócio, numa área que responde a múltiplas necessidades de muita gente.
Os papéis do nosso imobiliário são, realmente, bons papéis de que nos podemos e devemos orgulhar na hora em que os queremos mostrar a quem procura boas alternativas num mar de múltiplas incertezas.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com
Publicado no dia 18 de Abril de 2016 no Jornal i