Paris, a emblemática capital de França, um dos destinos tradicionais da emigração portuguesa há mais de meio século, em cuja área metropolitana viverão mais de dois milhões de portugueses e luso descendentes, onde este ano irão decorrer parte das cerimónias oficiais do 10 de Junho Dia de Portugal, onde a selecção portuguesa de futebol disputará alguns dos jogos do Euro 2016 e em cujo Grand Palais está patente, até meados de Julho, uma importante exposição de pintura de Amadeo de Souza Cardoso, Paris é também a origem da maior procura externa do imobiliário português.
De acordo com as estimativas do Gabinete de Estudos da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), entre Janeiro e Março de 2016, os franceses ultrapassaram os britânicos e os chineses no número total de imóveis adquiridos em Portugal, garantindo um quota deste mercado na ordem dos 27%, num aumento também potenciado pela promoção do imobiliário português que o Syndicat National des Professionnels de l’Immobilier tem vindo a realizar no seguimento de um protocolo de parceria com a APEMIP.
No podium da procura externa do imobiliário português para o período em referência, a França ocupa o primeiro lugar com 27% da fatia desse mercado, seguindo-se os ingleses (18%) e em terceiro lugar os chineses (13%). Lisboa, Porto e a região do Algarve continuam a ser as zonas mais procuradas pelos investidores estrangeiros, mas enquanto os ingleses manifestam clara preferência pelo Algarve e os chineses por Lisboa, os franceses investem de forma mais heterogénea em todo o território.
O imobiliário de Portugal está cheio de oportunidades. Seja na Reabilitação Urbana, seja a pensar no Arrendamento Urbano ou no Turismo Residencial, o imobiliário português apresenta-se como uma aposta segura e credível, de mãos dadas com a crescente e sustentável valorização dos ativos, e tem beneficiado – é justo sublinhá-lo – do impulso dado pelos programas de captação de investimento estrangeiro. Isto sem esquecer o trabalho exemplar que o sector imobiliário tem levado a cabo na divulgação do país.
Paris não é só uma das cidades do Mundo onde vivem mais portugueses, mais até do que na esmagadora maioria das cidades de Portugal, como é também uma daquelas áreas metropolitanas onde existe mais gente estrangeira interessada em investir no imobiliário português. A imagem de Portugal em França tem vindo a qualificar-se de forma muito positiva e a impor-se como um destino muito mais atractivo do que um simples e curioso destino de férias – Portugal é hoje um bom país para viver e investir.
Como se lê na principal mensagem da página da Embaixada de Portugal em França, Portugal e a França defendem os mesmos valores e princípios, ou seja a Democracia, a Justiça e o Estado de Direito, o respeito pelos Direitos Humanos, a Paz e o primado do Direito Internacional, com interesses convergentes e abordagens muito próximas, se não idênticas, em relação à maior parte das questões europeias e internacionais. Tudo isto aproxima. Tudo isto explica o interesse que crescentemente Portugal desperta em França.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
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Publicado no dia 4 de Junho de 2016 no Sol