Num relatório publicado pela UNESCO, no final do século XX, sistematizou-se os quatro saberes chave de qualquer processo de desenvolvimento – identificar é que é preciso saber, saber fazer, saber integrar as diferenças e saber estar comprometidamente com a ética do próprio desenvolvimento.

Estes saberes, identificados pela UNESCO como orientadores das boas politicas de Educação, podem transferir-se para outras áreas da atividade e ser até matriz para uma adequada maneira de estar nos negócios em geral e, por consequência, dos negócios que dão forma ao setor da construção e do imobiliário.

É no estrangeiro, das Américas à Ásia, passando por África, onde há dias me desloquei para participar numa feira do setor que decorreu em Maputo, numa iniciativa da AIP Feiras Congressos e Eventos que teve o apoio da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), e da Federação Moçambicana de Empreiteiros, é lá fora que melhor vemos as nossas potenciais competências. 

E no que toca a este setor da Construção e do Imobiliário é seguro dizer, sem falsas modéstias, que os portugueses respeitam, como poucos, aqueles quatro pilares quando se lançam na tarefa de construir e reconstruir cidades. Esta é, seguramente, uma das nossas melhores mais valias, uma vantagem que supera, de longe, concorrências cujos preços imbatíveis, escondem outros custos a médio e a longo prazo.

É isso que faz com que sejamos bem recebidos noutros mercados, onde podemos investir esses nossos saberes, e, ou também alguns capitais, na certeza de ser este o único caminho que legitima as vontades de partir.

Luís Lima

Presidente da CIMLOP

luis.lima@apemip.pt 

Publicado no dia 25 de fevereiro de 2012 no Expresso

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