“A recuperação de edifícios degradados e a valorização dos centros históricos são fatores que, no imediato, geram emprego e mobilizam a atividade económica”. As palavras não são minhas, são do Senhor Presidente da República e foram proferidas, na passada segunda-feira, na Sessão Solene das Comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que teve lugar na cidade de Elvas.

Este reconhecimento, ao mais alto nível, da importância da Reabilitação Urbana para a recuperação económica do país merece, na minha modesta opinião, revelo adequado, bem como as pontes que o Senhor Presidente lançou para o património histórico e cultural, justamente considerado “um dos maiores atrativos que Portugal pode oferecer no mercado turístico internacional, em que a concorrência é cada vez mais intensa”.

O Senhor Presidente da República citou também um estudo recente que prova como o património histórico é um dos domínios em que se verifica maior crescimento do contributo do setor cultural para a riqueza nacional, concluindo, em conformidade, que faz “todo o sentido que uma agenda de desenvolvimento e de criação de emprego confira especial atenção à salvaguarda e valorização do nosso património”.

Outra mensagem que deveria ser consensual é a que sublinha a evidência, infelizmente ainda não apreendida por toda a gente, que aponta para que os tempos de dificuldades sejam precisamente aqueles em que se devem fazer mais apostas de futuro. Nomeadamente no plano da cultura, em todas as suas manifestações incluindo, naturalmente, a que existe no património construído que é, também, cultura.

A mensagem do Senhor Presidente da República no Dia de Portugal deverá merecer réplicas na prática do dia-a-dia com um efetivo incremento da Reabilitação Urbana do país, como um dos comboios há muito identificados para relançar a própria recuperação económica, recuperando muito do emprego de mais difícil recuperação e gerando riqueza indispensável à própria condição das nossas contas e dívidas públicas.

Embora ausente fisicamente na cerimónia de Elvas, a Senhora Ministra do Ordenamento do Território, Drª. Assunção Cristas, ministra que tutela do sector da construção e do imobiliário,  por quem nutro enorme simpatia e respeito, foi provavelmente a presença mais forte, pois além destas referências a este sector, o discurso do senhor Presidente fixou-se igualmente sobre a agricultura portuguesa, ministério que se encontra também sob a alçada da Drª. Assunção Cristas. 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 14 de Junho de 2013 no Diário de Notícias

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