Em novembro passado, o Ministro das Finanças, numa intervenção que proferiu na 7.ª Conferência Anual da Ordem dos Economistas, disse que o mais importante desafio para Portugal, no momento presente, é retomar a trajetória de crescimento económico sustentável.

Vítor Gaspar preconiza profundas mudanças que abram a nossa Economia ao exterior, facilitando o nosso próprio financiamento e, principalmente, atraindo mais investimento estrangeiro, indispensável para, nas palavras do ministro, que aqui cito, “fundamentar uma rota de crescimento”.Muita água já correu sob as pontes depois desta intervenção do ministro Vítor Gaspar na última Conferência Anual da Ordem dos Economistas, por exemplo sobre as engenharias que as empresas portuguesas têm de inventar para obter financiamento, mas há uma questão que se mantém – a da credibilidade.

A credibilidade de Portugal no exterior é fundamental. Um recente regresso do nosso país aos mercados, com colocação de dívida pública de curto prazo a juros mais baixos do que os que estavam a ser conseguidos ultimamente, é um bom sinal, não suficiente, mas suficientemente esperançoso de que corresponda a uma inversão da tendência recente.

A consolidação desta credibilidade crescente junto dos mercados e nas áreas geoestratégicas mais convenientes, incluindo economias emergentes e o próprio espaço da lusofonia, exige lucidez e sentido das oportunidades e é uma tarefa de diplomacia económica que pode e deve ser assumido por todos nós e em todas as direções.

Este é um dos compromissos do associativismo empresarial do setor da Construção e do Imobiliário.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 14 de Janeiro de 2012 no Expresso

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