No mapa mundo dos nossos negócios, podemos traçar, a unir os destinos ou mercados que procuram as nossas ofertas, todas as linhas que imaginemos possam ser as das rotas que nos interessam promover. Mas para que este encontro entre a nossa oferta e a procura interessada possa acontecer, para que seja possível concretizar o momento do negócio que perseguimos num encontro entre quem, de muito longe, procura o que temos para oferecer, é preciso desenvolver uma forte e eficaz diplomacia económica.

É preciso conhecer quem é quem do lado da procura, que entidades destes mercados têm uma palavra a dizer no fluxo dos investimentos que tudo isto gera e apreender, com uma abertura de espírito nem sempre fácil, o que motiva essa mesma procura, para lá do próprio sentido do lucro de todo o investimento, bem como a própria sensibilidade das pessoas que protagonizam este interesse em investir no nosso imobiliário, especialmente quando provêm de culturas diferentes das ocidentais.

Tudo isto a Fundação AIP promove, com a intensidade possível, em missões dirigidas aos lugares do Mundo onde sabemos que existe interesse em investir em Portugal, verdadeiras embaixadas económicas em que me tenho, com orgulho, integrado na múltipla qualidade de presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), de presidente da Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) e de presidente da Comissão de Estratégia do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), responsabilidade que assumo desde 2013.

Foi o que aconteceu no 13º Overseas Property and Investment Immigration Show, que se iniciou na passada sexta-feira, dia 20, em Xangai, na China, com a presença de uma comitiva portuguesa, numa missão organizada pela Fundação AIP de parceria com a APEMIP, missão em que se integraram instituições portuguesas como a Câmara Municipal de Águeda, representada pelo seu Presidente, Dr. Gil Nadais, a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP, a SONAE, a Century 21, a Remax, a RAR e a Carpe Domus. 

Uma missão que comprovou que o denominado escândalo da Operação Labirinto não teve uma repercussão desastrosa no interesse dos cidadãos chineses pelo imobiliário português, ao contrário do que alguns vaticinaram, e que alguma retração verificada recentemente teve mais a ver com a prudência dos chineses no início de um novo ano chinês, do que com receios que aquele escândalo possa ter levantado e naturalmente levantou.

Num primeiro balanço desta viagem “diplomática” devo referir o crescente interesse de muitas instituições e empresas portuguesas por estas rotas de internacionalização do imobiliário português, permitindo-me destacar, pelo notável exemplo que constitui, a presença da Câmara Municipal de Águeda em missão de citymarketing do concelho além fronteiras, dando ainda mais credibilidade ao sector imobiliário português, um mercado livre de bolhas e em valorização crescente que apenas carece de mais e melhor divulgação para ser tão competitivo como o são outros mercados europeus.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

 

Publicado no dia 23 de Março de 2015 no Jornal i

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