Este ano tem todas as condições para se afirmar como ano recorde no que ao investimento imobiliário diz respeito. Só no primeiro trimestre de 2017, transacionaram-se 35 178 alojamentos familiares, registando-se um aumento de 19,4% face a igual período de 2016.

Este crescimento reforça o destino “Portugal” como um dos mais apetecíveis para o investimento imobiliário.

De acordo com os dados divulgados num relatório do Global Property Guide, que analisa os preços das casas em 45 países, Portugal encontra-se no TOP 20 (mais precisamente no 17º lugar) dos países do mundo em que o imobiliário está mais “quente”, tendo os preços da habitação registado, no primeiro trimestre de 2017, um aumento de 4,18% face ao período homólogo.

Esta comparação, a nível mundial, confirma que Portugal se tem vindo a destacar enquanto País atraente para captar investimento imobiliário, não só por apresentar preços inferiores à grande maioria dos Países, sobretudo os Europeus, mas também por ter um potencial de valorização crescente, como se tem vindo a confirmar trimestre após trimestre.

Como sempre defendi, o nosso imobiliário continua a ter todas as condições para servir de refúgio a poupanças e a investimentos, nacionais e estrangeiros, como alternativa a outros investimentos que revelaram ser menos seguros.

Este é um sector que conseguiu sobreviver, mesmo com as dificuldades que viveu durante o período de crise económica que abalou o País, tendo conseguido resistir a uma bolha imobiliária que afetou países como a Espanha, a Irlanda ou os Estados Unidos da América, que viram os preços dos ativos cair de forma drástica.

Mesmo com dificuldades, o nosso imobiliário conseguiu resistir à tentação da desvalorização forçada dos ativos, reforçando-se como porto seguro para o investimento, que com a ajuda de programas de captação de investimento para o sector, conseguiu lançar-se no panorama internacional, apelando a olhares de países a quem, até então, tínhamos passado completamente despercebidos.

O nosso País mantém-se na rota da internacionalização, continuando a ser percecionado como um destino seguro para o investimento estrangeiro, mostrando-se também, internamente, capaz de contribuir de forma decisiva para a criação de emprego e recuperação económica do País.

O nome de Portugal e do imobiliário português está lançado, mas continua a ser necessário promovê-lo, sobretudo além-fronteiras. Beneficiamos ainda do facto de sermos um país seguro, com um bom clima, boa gastronomia, hospitaleiro, com praia, cidade, campo, montanha, e um sem número de ofertas turísticas para quem nos queira visitar e por cá ficar.

As oportunidades de investimento mantêm-se e ainda há muito por descobrir, sobretudo fora das grandes cidades.

O desafio prende-se agora com a promoção das potencialidades de outras regiões do país, que têm ainda muito por explorar nomeadamente nos mercados da reabilitação urbana e arrendamento, que aliados ao turismo residencial, criam espaço para a expansão do investimento imobiliário.

Saibamos nós deixar o mercado funcionar sem sobressaltos, dando confiança a quem nos procura, e a temperatura do sector imobiliário continuará a subir…

 

Luis Lima

Presidente da APEMIP

luislima@apemip.pt

Publicado no dia 12 de julho de 2017 no Público

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