Há um ano, neste espaço, sublinhava e subescrevia um alerta do presidente da Câmara Municipal de Lisboa que olhando para as oportunidades que o próximo quadro comunitário de apoio (para vigorar de 2014 a 2020) proporcionará, sugere que a Reabilitação Urbana seja contemplada no Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) para os próximos sete anos.
O Dr. António Costa disse, com lucidez, que é impossível prescindir, do dia para a noite, de um sector, como o do imobiliário, sector que foi fundamental para a nossa Economia durante as últimas quatro décadas, lembrando, a propósito, que a Reabilitação Urbana não só criará emprego como mobilizará muitas atividades económicas a montante e a jusante e trará mais-valias para o turismo e para a qualidade de vida das cidades.
Esta frente para o crescimento da nossa Economia implica a mobilização de pessoas e instituições que possam e queiram juntar forças no sentido da valorização do património imobiliário português, em ações legítimas, internas e externas, de sensibilização dos poderes públicos e do público para a urgência da defesa desta riqueza com tantos sacrifícios acumulada por grande parte da população portuguesa.
Por fazer desta bandeira uma batalha em que há muito me empenho, tenho vindo a ser incentivado a dinamizar alguma estrutura, formal ou informal, que possa, com a urgência que este tempo requer, assumir-se como núcleo duro de um grupo, de matriz empresarial, que tome em suas mãos a missão de valorizar o património imobiliário português, nos mercados interno e externo. Ninguém com responsabilidade no sector pode negar-se a tal esforço.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
Publicado no dia 27 de Julho de 2013 no Expresso