Para agarrarmos a sério e consequentemente o inadiável projeto da Reabilitação Urbana em Portugal, em nome da recuperação do país, em nome das nossas obrigações éticas para com os nossos filhos e em nome da justeza que é vivermos melhor nas cidades onde mais gostamos de viver, importa ter consciência que as cidades não podem esperar mais.

Esta foi uma das lições que ressaltou do seminário que a Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) organizou no Porto, durante a recente semana da Reabilitação Urbana, espaço privilegiado para falar das políticas das cidades com sensibilidade social, falar da regeneração dos espaços públicos como motor da Reabilitação Urbana e falar da vertente ambiental da própria reabilitação, fundamental para a sustentabilidade do nosso desenvolvimento. 

Mesmo que saibamos que, por vezes, a concretização das nossas vontades, apesar de justas, nem sempre avançam ao ritmo que mais seria de desejar, por força das conjunturas, internas e externas, e apesar de estarmos num limite para além do qual não podemos esperar mais tempo por aquilo que realmente tem de ser feito. 

Mesmo que saibamos que uma cidade com um centro histórico reabilitado e habitado, com a vida própria do dia e com a vida própria do entardecer e da noite, é uma cidade que acolhe cidadãos seguramente mais disponíveis para a tarefa coletiva de fazer renascer a nossa Economia, começando pela nossa auto estima, como tive oportunidade de dizer à senhora Ministra do Ordenamento do Território que nos honrou abrindo o nosso seminário.

Luís Lima
Presidente da APEMIP e da CIMLOP – 
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 13 de abril de 2013 no Expresso

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