Portugal foi, em 2013, o país convidado da Feira do Livro de Bogotá, na Colômbia, sucedendo ao Brasil, que esteve em destaque, no ano anterior. Esta presença de Portugal nesta importante feira foi, a par da promoção dos livros de autores portugueses, o início da nossa promoção, junto do mercado colombiano, como destino turístico.

Na Feira do Livro de Bogotá terão passado em 2013 cerca de meio milhão de visitantes, alguns potenciais leitores de livros escritos por portugueses outros, em menor número, potenciais turistas colombianos que podem ter ficado interessados em conhecer o nosso país e outros até potenciais investidores em Portugal.

Compreende-se melhor que a recente abertura de voos regulares diretos entre Lisboa e Bogotá, numa oferta de quatro frequências semanais desenhada pela nossa companhia aérea de bandeira – a TAP – possa incrementar a nossa balança comercial com a Colômbia, seja pela via da exportação e da importação de bens seja pelo aumento do fluxo turístico entre os dois países, com claras vantagens para Portugal que pode apresentar-se como um destino inesperadamente atrativo.

Os números das empresas exportadoras para a Colômbia têm vindo a subir nos últimos anos e as exportações aumentaram de forma significativa, atingindo 40,6 milhões de euros em 2013, uma subida de 46,2% face a 2012, de acordo com declarações tornadas públicas de Miguel Frasquilho, presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP). 

Há, recorde-se, desde Agosto do ano passado, um acordo multipartido UE/Colômbia que facilita o acesso das empresas portuguesas ao mercado colombiano, em termos de exportações de bens e serviços, facilidade potenciada pela nova ligação aérea direta entre Lisboa e Bogotá.

A TAP Air Portugal é, como sempre digo, uma das nossas joias da coroa, cuja força reside no património acumulado pela teia de ligações estabelecidas em todo o Mundo, ao longo de anos e anos de operações aéreas, em especial no chamado triângulo de ouro da lusofonia, cujos vértices estão na Europa, em África e na América do Sul, mas também noutros destinos, da América do Norte e da Ásia, onde também sempre marcamos presença, inclusivamente em negócios e trocas comerciais.

O que é importante numa companhia aérea de bandeira, independentemente de quem detenha a maioria do respectivo capital, é a vocação que estas devem ter como ferramentas para o desenvolvimento dos destinos que servem. A TAP tem sido e pode continuar a ser um bom exemplo, desde que todos aqueles que devem assumir-se como parceiros nesta missão colectiva de relançar a nossa Economia também se disponham para fazer os trabalhos de casa.

A vocação estratégica, devidamente pensada e apoiada, das companhias que ostentam a bandeira do país de origem pode proporcionar crescimento e desenvolvimento económicos aos destinos que servem. Estas companhias, que é que são realmente grandes companhias. Essas companhias é que têm asas que fazem mesmo voar. 

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com 

Publicado no dia 21 de julho de 2014 no Jornal i

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