Este ano, na 78ª Volta a Portugal em Bicicleta que está na estrada, muitas etapas serão ganhas ao sprint mas todas, sejam elas disputadas ao sprint ou arrecadas por algum herói que se isolou e conseguiu chegar à meta isolado, serão ganhas ao spread pelo valor de referência do spread do banco – o Santander Totta – que patrocina a tão desejada camisola amarela, símbolo do lider da classificação geral individual.

Nas corridas dos spreads dos bancos, ou seja o valor que os bancos cobram pela concessão de crédito, o patrocinador oficial da camisola amarela da presente edição da Volta em Portugal em Bicicleta, por inerência o patrocinador de referência da Volta, que aliás adopta o nome do próprio patrocinador, saiu para a estrada em primeiro lugar tendo recuperado a liderança num sprint pelo menor spread, agora fixado em 1,15%.

Quem ganha com estes sprints são os clientes dos bancos, nomeadamente os que procuram crédito para aquisição de casa, no regresso em força do imobiliário à primeira linha da recuperação económica do país, agora com exigências de sustentabilidade que tornam o sector ainda mais seguro e fiável aos olhos dos investidores e do público em geral, incluindo os aforradores que aplicam as respectivas poupanças nesta área de negócios.

Usando a imagem deixada por Luís Filipe Costa, director Coordenador de Marketing do Banco Santander Totta, a  presença na Volta a Portugal como patrocinador principal, tem o simbolismo que resulta da imensa ligação que a modalidade proporciona entre ciclistas e público, em muitos aspectos semelhante à proximidade que uma grande rede de balcões comerciais de um banco assegura junto das populações.

Devo dizer, por ser isso que penso e em nome de uma equidistância saudável, que outros bancos portugueses também estão nestes sprints aos spreads o que só beneficia o público, prestigiando também as próprias instituições bancárias que regressam à saudável competitividade entre as próprias instituições bancárias sem que tal distorça o mercado imobiliário nem mascare o seu real valor e as suas enormes potencialidades na captação de investimento vital à Economia.

Quem realmente ganha nos sprints ao spread é, como já disse, o mercado imobiliário, ou seja, quem compra e quem vende imóveis, bem como quem presta serviços neste universo. Com a natural baixa dos spreads, o crédito à habitação, de novo acessível, fica mais barato, e o sector, seja pela Reabilitação Urbana, seja pelo Turismo Residencial, ou até mesmo por produtos novos, volta a colocar-se na linha da frente da recuperação económica.

Na festa que sempre se anuncia quando uma Volta a Portugal em bicicleta sai para a estrada, e que eu espero, nesta hora do arranque que é também a hora em que escrevo esta reflexão, volte a confirmar-se como uma verdadeira festa, há ainda, pelo facto da modalidade viver do esforço humano no impulso que dá às próprias máquinas, essa ideia, hoje também tão cara ao imobiliário, da sustentabilidade e da utilização dos recursos energéticos mais adequados.  

É bom que tudo continue a rolar assim, de forma tão equilibrada e natural, com todos os sprints aos spreads e a outros valores que possam e devam ser feitos por bem. Na Volta e nas voltas que temos de dar para reanimar a nossa Economia.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 6 de Agosto de 2016 no Sol

Translate »