A recuperação das economias que foram abaladas pela crise financeira mundial passa, em grande parte, pela manutenção do emprego existente no mundo afectado pelas turbulências financeiras e, principalmente, pela desejável criação de novos postos de trabalho, capazes de gerar mais riqueza é – todos os especialistas o dizem – chave para a recuperação.

No sector da Construção e do Imobiliário, a reabilitação urbana, indispensável para a renovação das cidades e até para a reanimação do mercado do arrendamento, nomeadamente do imobiliário turístico residencial, mas não só, a reabilitação urbana, imperativo ético da nossa geração para com as gerações vindouras, é uma das soluções mais rápidas para a criação de emprego.

O volume de intervenções possíveis nesta área ronda, em Portugal, um milhão de fogos, contabilizando as casas em ruína e as casas a precisar de obras profundas, o que pode ser providencial, se houver vontade política para tal, no combate ao desemprego que registava, em finais de Julho, um aumento superior a 77 %, em valores homólogos, considerado o valor mais elevado entre todos os sectores da Economia.

Num passado não muito distante, uma cidade repleta de gruas era uma clássica imagem de marca de uma Economia a crescer. A construção e o imobiliário sempre foram bons barómetros para aferir da saúde das economias. Esta é, também, uma boa razão para desejarmos o rápido regresso das gruas do nosso contentamento.
Um desafio para o Estado. Um bom desafio para o sector público e para o sector privado, que neste domínio podem encontrar boas parcerias.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 26 de Outubro de 2009 no Diário Económico

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