O comendador Jorge Rocha de Matos, presidente do Conselho Geral da Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), indiscutivelmente o empresário que melhor interpreta, pela sua natural diplomacia, o insubstituível papel de patrão dos patrões, disse, na festa dos 175 anos da AIP que é imperativo conjugar a consolidação orçamental com uma agenda para o crescimento, para a competitividade e para o emprego, pois uma sem a outra condenam-nos ao fracasso.

Numa cerimónia a que tive o privilégio de participar e que ocorreu no Centro de Congressos de Lisboa, com a presença do Primeiro-Ministro de Portugal, Pedro Passos Coelho, do Presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso e dos ministros dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, da Economia, Álvaro Santos Pereira, e da Administração Interna, Miguel Macedo, entre outras individualidades, como o ex-presidente da República Ramalho Eanes, os olhares dominantes viram-se para o futuro e foi de futuro que muito se falou.

O comendador Jorge Rocha de Matos que, com o presidente da direção da AIP, José Eduardo Carvalho, foi o anfitrião deste aniversário, lembrou a necessidade de fazer com que o peso das exportações no nosso PIB possa, no horizonte de 2020, atingir os 40% necessários ao reforço da sustentabilidade da Economia Portuguesa. Esta é, de facto, uma meta indispensável e requer, em todos os setores, protagonistas suficientemente abertos para que efetivamente contribuam para tal objetivo.

Apelando a um consenso estratégico entre Governo, empresas e sindicatos, o comendador Jorge Rocha de Matos, uma referência no associativismo empresarial português, muito sensível à internacionalização da nossa Economia, avalizou a AIP como uma estrutura com capacidade para mobilizar consensos e apresentar soluções, como algumas propostas no domínio do imprescindível financiamento das empresas entretanto adiantadas nas revelações que uma festa como a dos 175 anos de uma associação empresarial sempre proporcionam.

Idêntica confiança no futuro de Portugal e dos portugueses foi assumida pelo presidente da Comissão Europeia que também aproveitou esta efeméride rara, para insuflar otimismo fazendo aumentar até ao limite máximo de momento alcançável os níveis de confiança que também entram na receita da nossa recuperação.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 10 de Fevereiro de 2012 no Diário de Notícias

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