Modernamente, são as cidades que ditam o ritmo de desenvolvimento. Se pensarmos que os Jogos Olímpicos são os de Londres 2012 e não os do Reino Unido, tal como há quatro anos foram mais de Pequim do que da China e em 2016 serão mais do Rio do que do Brasil, aproximamo-nos um pouco deste conceito do primado das cidades nas nações.
A confirmar esta crescente tendência, as linhas de força do próximo quadro comunitário (leia-se apoios que a Europa privilegiará de 2014 a 2020) contêm uma atenção nova para as cidades na área da reabilitação urbana, como oportuna e recentemente o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Dr. António Costa, lembrou, pressionando no sentido da mais rápida reprogramação do nosso Quadro de Referência Estratégico Nacional (QREN) neste sentido.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, é impossível prescindir, do dia para a noite, de um setor, como o da construção e do imobiliário, que foi fundamental para a nossa Economia durante as últimas quatro décadas, lembrando que a reabilitação urbana não só criará emprego como mobilizará muitas atividades económicas a montante e a jusante e trará mais-valias para o turismo e para a qualidade de vida das cidades.
O responsável pela mais importante autarquia do país, lembra que 2014 é já daqui a dois anos e que é urgente pensar nos projetos que interessam às principais cidades portuguesas, a tempo de se poder arrancar para o terreno em Janeiro desse ano, sem perder os apoios que estão a ser já ultimados, na Europa, ao nível de regulamentos. Isto é defender uma economia que quer continuar a apostar em mercados.
Luís Lima
Presidente da APEMIP
luis.lima@apemip.pt
Publicado dia 11 de Agosto de 2012 no Expresso