Sem a poética das águas de Março que Tom Jovim cantou, como sendo as que encerram o Verão, numa “conversa ribeira” de “fim de caminho”, nesta meia laranja do Mundo que fica a Sul do Equador, vejo, também, um novo Norte para o sector imobiliário dos países que falam português, onde quer que estejamos, mesmo que a bússola aponte para a Estrela de Magalhães, uma das estrelas polares da constelação do Cruzeiro do Sul.
No Brasil, que, com Angola e com Portugal, é um dos pilares do projecto de internacionalização do sector imobiliário dos países que falam Português, no Brasil, onde entrei, por S. Paulo, com as águas de Fevereiro que estão a inundar este Verão, começou já a ganhar forma e até nome, a Confederação de associações empresarias da fileira da Construção e do Imobiliário de países de língua oficial portuguesa, que aqui nos trouxe.
Quer em S.Paulo, onde fomos recebidos por uma pujante organização da fileira da construção e do imobiliário (SECOVI), quer em Brasília, onde o nosso contacto privilegiado é a COFECI, uma estrutura da mediação imobiliária que tutela a própria actividade da mediação, quer, presumivelmente, em Fortaleza, onde me encontro em véspera de novos contactos, a ideia desta confederação internacional não só está a ser acarinhada de forma calorosa, como está a receber a benção para o nome inicialmente previsto – CIMLOP, Confederação Imobiliária de Língua Oficial Portuguesa.
Neste Brasil, onde vários organismos públicos se unem em acções de diplomacia económica que projectam um pais que, ano após ano, se afirma como uma democracia forte e estável social, politica e economicamente, no Brasil, o Cruzeiro do Sul também já começa a marcar o Norte do imobiliário e da Construção que falam Português.
Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP
Publicado dia 13 de Fevereiro de 2010 no Expresso