Embora escreva este texto antes da inauguração do Salão Imobiliário de Portugal (SIL 2013), que amanhã termina na Feira Internacional de Lisboa, estou sinceramente convencido que esta edição do SIL será um marco no relançamento do nosso imobiliário, pela visibilidade alcançada junto de outros mercados e pelo interesse crescente que a nossa oferta imobiliária está gerar em muitos investidores estrangeiros e até em aforradores nacionais, uns e outros interessados em aplicar os seus capitais de forma segura.

A visibilidade alcançada pelo imobiliário português favorece o aparecimento de outras procuras, nomeadamente de investidores provenientes de economias emergentes, numa manifestação de confiança que contagia a própria procura interna, nomeadamente a dos aforradores que começam a ver a aquisição de imóveis para o arrendamento urbano como fonte de receita complementar de pensões de reforma.

A beneficiar este clima de confiança, os números das dinâmicas imobiliárias registadas no terceiro trimestre de 2013 revelam um acréscimo de transações de 8,7%, face ao trimestre anterior, com valores que ascendem às 25 mil transações, numa clara inversão da tendência de arrefecimento que a crise financeira europeia tinha gerado.

Também houve, neste período, uma diminuição dos imóveis entregues em dação para pagamento de créditos, tanto por famílias, como por promotores imobiliários, numa quebra de quase 30% relativamente ao trimestre anterior, sinal que parece confirmar os inícios de recuperação do mercado imobiliário, de novo a mostrar-se capaz de contribuir para o nosso renascimento económico.

Luís Lima
Presidente da Comissão Organizadora do SIL 2013
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 12 de Outubro de 2013 no Expresso

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