No meu primeiro discurso como presidente da Direcção Nacional da APEMIP, no chamado discurso de posse, referi que nós, mediadores, não estamos sozinhos no importante sector imobiliário, sublinhando a pujança da fileira da construção e do imobiliário, na perspectiva, também referida, de um diálogo multidisciplinar com os promotores/construtores, com os projectistas, com os responsáveis pelas sociedades de reabilitação urbana e com todos os profissionais que actuam no sector.

Disse, no citado discurso (publicado na edição Primavera 2009 da Revista APEMIP) que uma cúpula organizativa para esta fileira seria muito bem-vinda. Tal como em Janeiro p.p. continuo a dizer, citando-me, que “só bem organizados podemos marcar a agenda da sociedade em que vivemos, agindo muito mais do que reagindo”.

A urgência na organização de uma estrutura de cúpula para a fileira da construção e do imobiliário – que será apresentada publicamente na próxima terça-feira, dia 21 de Julho, pelas 17,30 horas, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa – era então já sentida como  necessária a um adequado planeamento estratégico de médio e longo prazo e para  reflectir o peso social e económico da construção e do imobiliário. Ela aí está para se assumir, com ética e sentido de Estado, como um dos mais significativos parceiros económicos e sociais do país.

A fileira da construção e do imobiliário é um sector que responde por 14% do PIB e que assegura 50% do investimento nacional, com um volume de emprego de 770.000 postos de trabalho (15% da população activa). As actividades abrangidas pela Confederação representam 16% do total de empresas existentes em Portugal, isto é, cerca de 200.000 empresas em actividade. Também por isto esta anunciada  estrutura de cúpula – com a qual estamos de alma e coração desde a primeira hora – é não só necessária como há muito aguardada.

Sem diabolizar o Estado, que tem qualidades, ou divinizar a sociedade civil, que tem defeitos. Sem divinizar o Estado, que também tem defeitos, ou diabolizar a sociedade civil, que também tem qualidades, para citar um artigo de um antigo presidente da República, defensor de uma maior aposta na inovação, na tecnologia, no empreendedorismo e na qualificação dos recursos humanos para melhor superarmos os desafios que enfrentamos.

Termino voltando a sublinhar que só bem organizados podemos marcar a agenda da sociedade em que vivemos, agindo muito mais do que reagindo, nos serviços que prestamos, em todo o território nacional, às empresas nossas associadas. Acrescentando que a boa organização passa pela estrutura de cúpula que a Fileira da Construção e do Imobiliário está a criar, uma estrutura que fazia falta para que a nova fileira possa falar dos interesses comuns a uma só voz e possa fornecer às empresas associadas meios mais eficazes para melhor servir o público.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 18 de Julho de 2009 no Jornal de Notícias

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