A “Casa do Caminho”, em Matosinhos, uma instituição de matriz semelhante à do Refúgio Aboim Ascenção, em Faro, que também está aberta 24 horas por dia e sete dias por semana para responder a situações de crianças em emergência infantil, foi, este ano, uma das novas contempladas pelos donativos da APEMIP Solidária, contributos que instituí há três anos para apoiar o trabalho de quem se empenha na defesa das populações mais carenciadas, no domínio do abandono e da doença, em regra de crianças, mas também de mais velhos.

Foi a última das quatro instituições que visitei numa digressão de 1500 quilómetros pelo país, em dois dias já próximos do Natal, visita que em Matosinhos foi testemunhada pelo senhor Presidente da Câmara Municipal, Dr. Guilherme Pinto, na ocasião generoso ao ponto de endereçar à APEMIP e a mim próprio rasgados elogios pela acção que desenvolvemos a vários níveis, incluindo na área da solidariedade e do social.

Esta opinião do Dr. Guilherme Pinto serviu de pretexto para lembrar que apesar de sermos os portadores de um apoio em dinheiro, nós é que  sentimos a obrigação de agradecer a todos quantos, em nome da Sociedade, desenvolvem e acreditam no trabalho de enorme dignidade que é o trabalho da solidariedade.

Uma associação como a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), pugna por condições que ajudem as empresas a gerar mais riqueza, mas também defende que parte dessa riqueza gerada possa ser aplicada na dimensão social e solidária das próprias empresas e, por extensão, do movimento associativo empresarial. 

Este é, aliás, o sentido pelo qual, pelo terceiro ano consecutivo, a APEMIP voltou a contemplar com donativos solidários quatro instituições, as já referidas Refúgio Aboim Ascenção (Faro) e Casa do Caminho (Matosinhos), a Acreditar, Associação de Pais e Amigos de Crianças com Cancro (Lisboa)  e a Irmandade da Misericórdia de Semide (Miranda do Corvo), com várias valências, nomeadamente para a Terceira Idade.

Com a sabedoria bíblica a lembrar que a mão esquerda nem deve aperceber-se do que a mão direita eventualmente deu, quero testemunhar que o périplo anual que tenho cumprido, em vésperas do Natal, pelas instituições contempladas pelos donativos APEMIP, é talvez a tarefa mais grata que todos os anos, na minha qualidade de presidente da APEMIP, assumo. Dar é de facto receber.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

Luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 27 de Dezembro de 2011 no Jornal de Notícias e Diário de Notícias

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