O comentário que o Dr. Orlando Sampaio, director comercial da SAPA Portugal, fez no final de uma visita que ambos protagonizamos ao Hospital de São João, no Porto, para concretizar a entrega de um donativo para as obras ali em curso na unidade de pediatria, sintetiza bem os sentimentos que se transmitem quando testemunhamos os resultados do que se faz neste grande hospital.
O Dr. Orlando Sampaio disse que, no Hospital de São João vê-se claramente como o dinheiro dos impostos dos contribuintes pode ser bem aplicado, em obras que se destinam realmente a servir as populações, opinião que partilho inteiramente, desde que o meu colega Dinis Fraga (que também nos acompanhou nesta visita), elegeu aquela unidade pediátrica para receber um dos donativos anuais APEMIP.
A Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) a que tenho a honra de presidir, voltou, na terça-feira passada, ao Hospital de São João (HSJ), a acompanhar a delegação da SAPA Portugal, uma multinacional sueca que comercializa produtos em alumínio para a construção, que respondeu ao nosso desafio, doando 5.000 euros em material ao HSJ.
Fomos recebidos, na oportunidade, pelo Dr. João Oliveira, administrador do HSJ e entusiasta dos projectos ali em curso, nomeadamente o projecto “Um Lugar para o Joãozinho”, projecto que visa angariar fundos que permitam a construção sustentável do novo Hospital Pediátrico do Hospital de São João, um lugar que pretende ter excelentes serviços de acolhimento para as crianças.
Na verdade, o Hospital Pediátrico do Hospital de São João já é um lugar que presta serviços de excelência às crianças que dele necessitam, e não apenas por ser um espaço com uma imagem muito acolhedora e simpática para quem chega, condição muito importante para minorar o sofrimento dos doentes mais pequenos que ali se socorrem.
Eu próprio, testemunhei, ao passar, anónimo, pelas urgências pediátricas, na breve visita proporcionada pelo Dr. João Oliveira, que um adulto, provavelmente acompanhante de uma criança doente, dizia para outro adulto também ali presente, com aquele sotaque muito à Porto, “que o atendimento neste hospital é mesmo cinco estrelas”.
As crianças merecem, de facto, um atendimento cinco estrelas, e as empresas que assumem como inerente à própria condição de empresa uma vocação social, podem e devem olhar para estes projectos de forma mais solidária, concretizando, na prática, essa ideia liberal de apostar mais e mais na sociedade, na convicção de que, afinal, Estado somos todos nós.
Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP
Publicado dia 26 de Fevereiro de 2011 no Jornal de Notícias