Portugal é um dos quatro destinos mais populares para se ter casa de férias. Quem o afirma são os especialistas da Press Association, citando dados do portal Rightmove, um espaço da internet dedicado à venda e ao arrendamento de imóveis.
Nesta notícia, acrescenta-se que a procura de propriedades, através da Internet, aumentou em média 60% em Março p.p., relativamente a 2009, valor que no caso da Costa Verde atingiu a impressionante cifra de 106%.
Algarve, como sempre, mas também Lisboa e a Costa da Prata são duas regiões de elevada procura, tendência igualmente confirmada pela empresa de intermediação monetária Moneycorp, que também salienta as vantagens de quem compra em euros.
O aumento muito significativo da procura do residencial turístico no Norte de Portugal e no Algarve não destrona a Costa da Prata – grosso modo a costa litoral entre Lisboa e o Porto – como a região mais pretendida por investidores imobiliários estrangeiros e por quem escolhe Portugal como segundo país.
A candidatura ao Mundial de Futebol de 2018, a abertura do Autódromo Internacional do Algarve e os investimentos de Virgin Active em Portugal (“health clubs”) foram, reconhecidamente, empurrões fundamentais para este aumento da procura, um sinal muito positivo para a própria economia do país.
Portugal volta a estar na moda como destino turístico, o que nos obriga a ser mais exigentes e mais profissionais em todos os serviços que prestamos. Não basta ser simpático e poder apresentar um clima de características muito amenas. A qualidade da oferta turística tem de corresponder às exigências da procura.
Não podemos olhar para um campo de golfe como quem olha para um luxo ilegítimo, pois, hoje, um campo de golfe é um investimento eficaz para o turismo, nem podemos aceitar que num aeroporto internacional, como o do Porto, o pagamento do abastecimento de uma aeronave particular, se não for feito em cash, tenha procedimentos burocráticos mais próprios do Terceiro Mundo.
Global e turisticamente, Portugal volta a estar na moda, mas é preciso dar mais atenção aos pormenores. É que, não basta estar bem nos “por maiores”. É preciso acompanhar esta tendência em todos os aspectos. E chamar a atenção para esta revolução de mentalidades é tema a que não me canso de voltar.
Publicado dia 23 de Abril de 2010 no Sol