Estancar o desemprego e fazer com que ele comece a diminuir, é uma das prioridades nacionais sob pena da atual crise poder vir a ficar descontrolada com todas as consequências que tal situação acarreta para todos nós, para todos os setores da população.
Além de ser indispensável à esmagadora maioria das famílias como fonte de rendimento muito difícil de substituir , o emprego é fundamental para a autoestima das pessoas e, por inerência, para o próprio ânimo coletivo, sem o qual dificilmente voltaremos a crescer e a ter desenvolvimento.
Acresce que um elevado desemprego quebra a procura interna, desestabiliza a classe média (o cimento das democracias em desenvolvimento), e gera instabilidade social, nomeadamente nas grandes cidades e nas periferias das grandes cidades.
Nestas localizações geográficas importaria atuar rapidamente no que toca à Reabilitação e Regeneração Urbanas, também como componente dessa tarefa de fazer inverter os valores do desemprego, num esforço só exequível num outro quadro de incentivos ao Mercado de Arrendamento Urbano.
Uma visão global destes problemas interligados é o que se exige a quem quer ser protagonista politico, seja empresário ou trabalhador por conta de outrém, seja governante ou governado com a certeza que não é inteligente, de todas as partes, sublinhe-se, esticar cordas até à rutura..
E muito menos, como às vezes até parece, querer aproveitar a crise em benefício exclusivo de uma só parte. A hora é mais de juntar forças no respeito pelos interesses legítimos de todos do que de medir permanentemente a correlação dessas mesmas forças.
Luís Lima
Presidente da APEMIP
luis.Lima@apemip.pt
Publicado no dia 21 de Janeiro de 2012 no Expresso