Há dias, um colaborador da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), inseparável de um computador portátil branco, que é uma verdadeira imagem do pecado original, apareceu na associação com a sua máquina a brilhar como já não se via há muito.

Descobri esta surpreendente renovação daquele bem com a inesperada ajuda de um outro colaborador que, ao comentar a reabilitação daquele computador de estimação, realçou o facto dela resultar apenas de uma limpeza, mais profunda e com produtos adequados, do computador, pantalha incluída.

O computador em causa, uma marca quase fashion que já tem produtos quase vintage, é uma máquina de linhas brancas (que não linha branca, entenda-se), um hardware que, apesar do seu nome da melhor aristocracia informática, não dispensa manutenção, cuidados e, mais cedo ou mais tarde, a substituição total.

Um destino – a substituição total a prazo – que talvez se admita num stand como o que a APEMIP ergueu no Salão Imobiliário de Portugal (SIL 2010), feira que amanhã termina no Parque das Nações em Lisboa, mas que é impensável para o Património construído das nossas cidades.

Daí que, o tema da reabilitação das cidades e do reordenamento do território que foi o tema do Seminário da APEMIP, neste Salão Imobiliário de Portugal, marque o próprio ritmo futuro para a fileira da Construção e do Imobiliário.

Por ser impensável um outro destino para o nosso património construído, mesmo de cara lavada e com produtos adequados. Por ser urgente e inevitável apostar forte na reabilitação e regeneração urbanas.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

 

Publicado dia 25 de Outubro de 2010 no Expresso

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