Alguns dos sinais positivos que, a partir do Verão passado, com o retorno, para férias de emigrantes novamente interessados em investir em Portugal e com a presença de investidores estrangeiros atentos ao nosso património construído (seja ou não à boleia das autorizações de residência concedidas pelos “Golden Visa”), aqueles sinais não caíram nem caem do céu.

Terão entrado, por esta via direta, mais de 600 milhões de euros em investimentos que também se justificam pela oportunidade segura de negócios que é, como sempre foi, investir no mercado imobiliário português, números que se multiplicam várias vezes pelo simples facto de estarmos a falar de “exportações” que ficam no país e com força de atração.

Com esta dinâmica do imobiliário português, que, por exemplo, potencia o turismo residencial, os próprios preços de mercado tendem a estabilizar  equilibradamente, contrariando as desvalorizações forçadas do património que assim vai recuperando como riqueza com capacidade de traduzir-se, em tempo útil, em liquidez.

Mas estes sinais não caem do céu. Alcançam-se com o esforço certo e constante de quem promove o encontro entre a oferta existente e a potencial procura, em ações concretas que devem ocorrer nos locais certos (leia-se, por exemplo, salões imobiliários) e contarem com a participação dos profissionais que conhecem bem o mercado e os seus públicos alvo.

O imobiliário português continua a ser um motor com o qual a Economia pode e deve contar. Há construção nova, em menor número do que noutras épocas, e há transações imobiliárias que envolvem essas construções novas e construções antigas (funcionais, para reabilitar ou reabilitadas) a contrariar as vozes agoirentas que querem enterrar o sector como se escolher uma casa para viver seja opção em vias de extinção.

O regresso à normalidade do mercado imobiliário, em Portugal muito virado para a Reabilitação Urbana e para o Arrendamento Urbano, e também para a internacionalização junto de investidores atentos a negócios seguros e atrativos, requer a continuação da promoção do sector e esta os meios adequados que tardam. Os empreendedorismos não caem do céu.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 17 de fevereiro de 2014 no Diário Económico

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