Vinte e quatro horas depois de ter visto hastear a Bandeira Azul da Europa em todas as suas zonas balneares, título renovável anualmente que garante a qualidade das águas balneares bem como a existência de infraestruturas de apoio a quem frequenta as praias numa perspectiva amiga do Ambiente, a presidente da Câmara Municipal de Lagos, Maria Joaquina Matos, esteve na Meia Praia, num encontro dos mediadores da Região Sul, promovido pela Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP), e confirmou as perspectivas optimistas do mercado imobiliário português.

Para a autarca de Lagos, a já visível, mesmo que ainda moderada, retoma no mercado imobiliário português pode avaliar-se pela receita do Imposto Municipal sobre as Transações Imobiliárias Onerosas (vulgo IMT) já contabilizada neste município do Algarve, receita que nos primeiros 5 meses do ano aumentou 20 % face a igual período do ano anterior.

No Algarve, mas também, como já é visível, em Lisboa e mais a Norte, nomeadamente nas cidades que apostam na Reabilitação Urbana (embora o bom tempo comece sempre a Sul e vá gradualmente estendendo-se para Norte), Imobiliário e Turismo casam bem e são, no momento presente, dois dos pilares fundamentais da recuperação que se deseja.

No Algarve, como a Norte, reequaciona-se a urgência de criar novas rotas aéreas que nos promovam ainda mais e, principalmente, que possam manter-se mesmo nas chamadas épocas baixas, assim denominadas para certos públicos alvo mas que são para outros públicos emergentes e muito importantes as melhores épocas para fazer turismo.

Na intervenção que proferiu neste encontro da APEMIP da Meia Praia que reuniu mais de meia centena de profissionais, a Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Maria Joaquina de Matos, abordou a multifacetada realidade do Alojamento Local no concelho, uma realidade que espelha e revela como está o país economicamente falando e que, como aliás também reconheci neste encontro, começa a dar sinais evidentes de um crescente bom desempenho.

Independentemente de outras considerações, a imagem gerada pela conclusão formal do programa de assistência financeira ao país, está a reacender o interesse dos investidores estrangeiros por Portugal, com uma intensidade tal que alguns analistas já projetam que, pelo menos no imobiliário comercial, o volume de negócios possa duplicar até ao fim do presente ano.

Esta boa onda do imobiliário, seja no segmento comercial seja no do turismo residencial e não só, é não só muito positiva para estes segmentos de mercado mas, pelo contágio positivo que pode causar e causa, também para outros segmentos. Importa, essencialmente, não deixarmos apagar esta chama ainda naturalmente menos forte do que todos nós desejamos.

Governo central, autarquias locais, operadores turísticos, profissionais do sector imobiliário, sem esquecer todos aqueles que fazem opinião, podem e devem encontrar o que os une neste desafio de fazer (passe o trocadilho) da meia praia em que a nossa Economia ainda se encontra uma praia inteira e cheia de melhores perspectivas para todos.

Luís Lima
Presidente da APEMIP
presidente@apemip.pt

Publicado no dia 02 de julho de 2014 no Público

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