O Seminário Nacional que a APEMIP vai organizar, em Lisboa, no âmbito do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), projectará, este ano, as acções prioritárias para o momento actual do mercado imobiliário português, todas elas traduzíveis por verbos que, por coincidência, começam pela letra erre.

São os erres bons do imobiliário – Requalificar, Reordenar, Reabilitar –, três caminhos obrigatórios para quem aceita, como eticamente incontornável, a opção por um desenvolvimento sustentável nesta área tão sensível da fileira da construção e do imobiliário. Uma opção que pode fazer recuperar, de imediato, cem mil empregos.

Muito mais do que uma opção eticamente exigível quando se pensa nas obrigações que cada geração assume relativamente à geração futura, nomeadamente no que se refere à obrigação assumida de transmitirmos aos vindouros um planeta menos exaurido do que aquele que recebemos dos nossos antepassados.

É, de facto, urgente, reconstruir cidades que ostentam uma elevada degradação urbanística, fruto de erros passados, alguns dos quais cometidos por desconhecimento das consequências de algumas das nossas escolhas, outros cometidos em nome de uma ambição desmedida e irreflectida em matéria de sustentabilidade.

O actual paradigma do mercado imobiliário português é o da passagem do ciclo da quantidade para o ciclo da qualidade. Ao “boom” quantitativo dos anos 80 e 90 do século passado sucede um ciclo qualitativo que é o ciclo da reconstrução e da reabilitação. É precisamente isto que vai estar na mesa do seminário nacional que a APEMIP organiza depois de amanhã no SIL 2010.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 20 de Outubro de 2010 no Diário Económico

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