Ao contrário de “Este País Não é Para Velhos”, o conhecido e premiado filme de 2007 dos irmãos Coen, baseado no romance homónimo de Cormac McCarthy, película onde os realizadores recriaram as violências mais comuns das modernas cidades, Portugal atraia, crescentemente, mais reformados europeus, cativados pela amenidade de todos os nossos climas,  social incluído.

Isenções fiscais generosas, uma relação preço / qualidade ímpar do nosso imobiliário que, ao contrário do imobiliário de muitos outros países, não sofreu qualquer bolha, e o Sol fazem do nosso país destino para muitos cidadãos em idade de reforma  da Europa rica do Norte.

Leio e cito através da Imprensa estrangeira Erwin Mohr, vice-presidente da Associação de Proprietários Estrangeiros em Portugal, a residir  em Portimão há 19 anos para “escapar da neve alemã”, quando este alemão reconhece que o nosso país está a tornar-se a “Florida da Europa” e um “paraíso fiscal para os novos aposentados”.

Para este estrangeiro há muito radicado entre nós, um casal de alemães aposentados instalado em Portugal gasta facilmente 1500, 2000 euros por mês, o que compensa a eventual perda de impostos que resulta das facilidades fiscais oferecidas a quem queira instalar-se no nosso país.

Prova desta capacidade de atração de Portugal é a opinião de um magistrado francês de 65 anos e de sua irmã mais velha,  também funcionária da administração pública, que procuram casa no Algarve, reconhecendo  a excelência do nosso clima bom, a vida mais barata e com mais garantias sociais e políticas num país que renasceu com uma revolução de cravos em comparação com os países das chamadas Primaveras Árabes.

Esta linha de promoção do nosso país e do nosso imobiliário residencial é suficientemente consolidada para dispensar outras “vantagens” como as que se ligam à desvalorização forçada e injustificada do preço do nosso imobiliário, falso estratagema de promoção cuja falsidade irá revelar-se se e quando os proprietários estrangeiros quiserem vender a propriedade adquirida.

Não precisamos de ser mais papistas do que o Papa para promover a excelência do nosso imobiliário. Este país pode ser para velhos sem necessitar de ser oferecido ao desbarato.

Luís Lima
Presidenta da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 06 de Setembro de 2013 no Diário de Notícias

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