O Presidente da República disse que, as descidas de Portugal na tabela de confiança da Agência Fitch, organização que classifica países e instituições de países, como bancos e empresas, em função da credibilidade que oferecem para honrar dívidas, foram muito exageradas.
Basílio Horta, responsável pela promoção do nosso comércio externo, sentiu-se humilhado pela forma como Portugal foi tratado no estrangeiro e apelou ao estabelecimento de consensos políticos, sem os quais será cada vez mais difícil atrair investimento estrangeiro para Portugal.
Augusto Mateus, ministro da Economia num Governo de António Guterres, disse que, é urgente um acordo com os nossos parceiros europeus e com as instituições de que participamos, para obtermos melhores taxas de juro, num quadro de estabilidade com credíveis medidas de crescimento a médio prazo.
Francisco van Zeller, antigo presidente da CIP, mostrou-se muito pessimista quanto ao futuro, lamentou a ausência de entendimento partidário e lembrou que os empresários não têm nenhum acesso ao crédito e estão a atrasar os pagamentos e a viver da confiança dos seus fornecedores.
Jerónimo de Sousa, secretário-geral do PCP, defendeu a venda no estrangeiro de 20 % dos títulos e das obrigações de instituições públicas portuguesas e a compra da dívida pública portuguesa para “desatar e aliviar a corda que se coloca neste momento”.
Francisco Louçã, dirigente do Bloco de Esquerda, sugeriu um plano de emergência que responda aos “ataques” das agências de notação, o que passará por um pedido de empréstimo de curto prazo ao Banco Central Europeu, “desligado das condições do FMI”.
Paulo Portas, líder do CDS disse que o partido estava a estudar “soluções técnicas” para evitar rupturas de pagamentos, mas recusou avançar quais, embora tenha dito que essas soluções existem e tenha considerado como “muito sérias” as declarações dos bancos portugueses a advertir o Estado de que lhe vão cortar o financiamento.
Pedro Passos Coelho, líder do PSD, disse que as medidas apresentadas no PEC 4, “não iam suficientemente longe para resolver a dramática situação do país”, admitindo o recurso à ajuda do FMI, se for necessário, sem preconceitos de orgulho ferido.
José Sócrates, líder do PS e primeiro-ministro do Governo demissionário em gestão, disse que, o PEC que a Oposição reprovou desencadeando a demissão do Governo e, em consequência, a dissolução do Parlamento “garantiria que Portugal não precisaria de nenhuma ajuda externa», mas acabou por dirigir um pedido de assistência financeira à Comissão Europeia.
Nós, já só queremos saber a verdade e com o que podemos contar.
Luís Carvalho Lima
Presidente da APEMIP
Publicado dia 15 de Abril de 2011 no Sol