As descapitalizadíssimas Pequenas e Médias Empresas (PME) esperam que os contratos de financiamento que o Banco Europeu de Investimento (BEI) está a assinar com instituições financeiras portuguesas possam, finalmente, proporcionar-lhes acesso a créditos que tanto precisam.

Aquelas operações do BEI visam criar condições às instituições bancárias portuguesas envolvidas para um efetivo e maior apoio financeiro às pequenas e médias empresas e às empresas de média capitalização mas também às autarquias e a empresas municipais.

São elegíveis para estas linhas de acesso ao financiamento que apresentam condições mais favoráveis projetos dos sectores das energias renováveis, da proteção do ambiente, da inovação e do desenvolvimento de infraestruturas. Uma porta – espera-se – para a criação de emprego e para o crescimento da economia.

O BEI, o braço financeiro da União Europeia tinha disponibilizado, recentemente, linhas de apoio muito semelhantes para as pequenas e médias empresas da Grécia, visando abrir o crédito a projetos nas áreas de energia, transportes e educação. Na prática é disponibilizar dinheiro real e liquidez à Economia.

Estes créditos, que estavam prometidos há muito, foram agora disponibilizados e podem anular as profundas distorções que as empresas de Portugal, como de outros países do Sul da Europa, sofrem no que toca às taxas de juro, em regra muito superiores às exigidas a empresas de outros países europeus.

Uma diversificação das políticas de crédito para as PME vital para as empresas beneficiárias mas também para a própria Europa da moeda única em crise.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 02 de Novembro de 2013 no Expresso

Translate »