Que fórmula mágica faz com que alguns autarcas experientes possam reforçar maiorias absolutas com valores quase inimagináveis, a par de outros, novos na função, que chegam e vencem os que pareciam, por vitórias anteriores, moldados à vitória?

O que querem garantir os cidadãos eleitores em domingo de eleições autárquicas são as rotinas mínimas de fruição da cidadania, se possível melhoradas e servidas em espaços urbanisticamente agradáveis, humanizados e capazes de gerar perspectivas de futuro exequíveis.

Cabe a quem se apresenta como protagonista desta oferta cidadã assumir obrigações face ao futuro sem descurar as preocupações do presente, incluindo preocupações imediatas de sustentabilidade que a nossa consciência de cidadãos deve integrar, num debate permanente que nos deve  mobilizar a todos – dos  políticos aos investigadores e estudiosos, dos empresários ligados ao imobiliário e ligados à construção aos artistas com vontade de intervir nas cidades.

Quem manteve estas bandeiras erguidas ou quem pegou nelas pela primeira vez, prometendo a humanização e renovação dos nossos espaços urbanos, promessas que passam pela atenção a dar ao património construído mas principalmente às condições de vida de quem o povoa, quem conseguiu ser credível nesta mensagem saiu das últimas autárquicas como um vencedor.

Mais de que tentar descobrir quem perdeu ou quem apoiou quem no Domingo que passou, seja na intocável Lisboa, seja na sempre surpreendente cidade do Porto, ou noutros portos de cidadanias, importa fazer com que seja o país a ganhar pela atenção prometida à melhoria das nossas cidades.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 5 de Outubro de 2013 no Expresso

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