Ao Dr. António Horta Osório, indigitado CEO do Lloyds Banking, que depois de ter vivido em Londres, em Nova Iorque, em São Paulo e em Lisboa, a cidade que, confessada e publicamente mais o encanta para viver, volta à capital britânica, ao Dr. António Horta Osório, alguém dirá que “boa Lisboa é Londres”.

Ao Mestre de Avis, em finais do século XIV, antes de se tornar D. João I, alguém, tentando evitar que ele cedesse à tentação de sair do país, disse-lhe que “Bom Londres é Portugal”. Os tempos são outros e o Dr. Horta Osório, a chegar ao topo da carreira no grupo Santander, troca essa perspectiva pelo topo da pirâmide do Lloyds Banking, naquela que já é a mais significativa transferência do mundo das finanças.

Na mesma altura, em que esta transferência quase tão galáctica como as dos jogadores de futebol do Real Madrid era tornada pública, soube-se que uma equipa de cientistas liderada por um investigador português de 33 anos, Pedro Baptista, conseguiu usar células humanas para criar um fígado em laboratório, feito que abre novas perspectivas  ao universo dos transplantes.

Este jovem cientista do laboratório de Medicina Regenerativa da Universidade norte-americana de Wake Forest que anunciou a descoberta de parceria com outro investigador, numa reunião científica que decorreu em Outubro, em Boston, manifestou-se interessada em voltar para Portugal o mais cedo que lhe seja possível.

Bem precisa o pais de todos os seus galácticos – um capital humano insubstituível.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 17 de Novembro de 2010 no Diário Económico

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