Na passada semana teve lugar no Porto a apresentação do Houses of Portugal – Value and Style, um projeto que nasceu de um convite que a Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção (APCMC) fez à Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) , e que representa a importância da união entre duas associações que, apesar de terem competências distintas, se complementam nos objetivos de crescimento e de promoção do mercado imobiliário português junto dos mercados internacionais.

Daí, nasceu o Houses of Portugal, um plano conjunto levado a cabo no âmbito do Programa Operacional de Competitividade e Internacionalização, o COMPETE 2020, em que ambas as associações acreditaram desde o início e que colocarão em prática no decorrer dos próximos dois anos, assumindo a responsabilidade de aumentar a notoriedade internacional e potenciar as qualidades da fileira da construção e do imobiliário além-fronteiras, através de campanhas coletivas e estratégias de promoção da imagem e da visibilidade da oferta de valor junto de mercados internacionais e da opinião pública dos mercados externos.

A promoção no estrangeiro será cirúrgica e distribuída nos países que foram identificados como prioritários para esta ação: o Brasil, mercado estratégico com uma procura crescente por Portugal; a França, o Reino Unido, mercados que tradicionalmente investem no imobiliário português; e o Dubai, um mercado emergente, que carece ainda da divulgação de Portugal enquanto destino de investimento.

Ao promovermos o nosso País e o nosso imobiliário e materiais de construção, estamos a trazer investimento que será da maior importância, não só para os sectores que representamos, mas também da nossa Economia. Um dos grandes objetivos até o final do projeto que terminará em 2019, é de aumentar a representatividade do investimento estrangeiro no sector dos atuais 23% para cerca de 30%.

A fileira da construção e do imobiliário é uma das mais importantes para o nosso desenvolvimento económico, e a nós, profissionais, cabe-nos o papel de procurar sempre as opções mais viáveis e as melhores saídas para que os mercados funcionem com um dinamismo positivo. E é mais fácil fazê-lo em conjunto, agregando diversos atores do mercado e invertendo uma certa tendência que existe para a divisão, em vez da conciliação. É com o foco no bem comum que as estruturas devem focar os seus objetivos, promovendo e defendendo lado a lado e a uma só voz os elementos de união que os podem credibilizar.

 O investimento estrangeiro e a internacionalização são por isso uma das principais apostas da APEMIP e da APCMC, e justificar-se-á enquanto registarmos interesse e procura por parte de potenciais investidores. Vivemos num mundo globalizado, e não tenho dúvidas de que o futuro desta fileira passa pela profissionalização e internacionalização do sector.

 

 

Luis Lima

Presidente da APEMIP

luislima@apemip.pt

Publicado no dia 28 de junho de 2017 no Público

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