A tomada de posse dos primeiros órgãos sociais da Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP), ocorrida no passado dia 22 de Outubro, em Lisboa, é o culminar da primeira fase da vida desta estrutura de cúpula da Fileira da Construção e do Imobiliário do Mundo lusófono, constituída em Maio, em Luanda, numa cerimónia que mereceu a presença do Senhor Ministro do Urbanismo e da Construção do Governo de Angola, Dr. José dos Santos da Silva Ferreira, e do Senhor Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações do Governo de Portugal, Prof. Dr. António Mendonça.

Como disse no discurso que proferi em Lisboa, já como presidente eleito da CIMLOP, um discurso de continuidade com o que proferi em Luanda, aquando da constituição da Confederação, esta estrutura da internacionalização dos mercados imobiliários dos oito países que falam Português, consolida-se em cidades como estas duas capitais a que já se junta a de Brasília, perfilando-se, desejadamente, as restantes, Maputo, Praia, São Tomé, Díli e Bissau. Isto, sem esquecer – cito-me – outras cidades da Lusofonia de que destaco simbolicamente só uma, a de São Paulo, a maior cidade que fala Português e a maior cidade de todo o Mundo Ocidental.

As cidades são, de facto, a fábrica e o produto desta nossa fileira da Construção e do Imobiliário, um sector que, como referi em Lisboa, tem sido, e continuará a ser, um dos pilares do desenvolvimento de muitas economias modernas que cresceram e crescem no acesso generalizado das populações à propriedade da casa que habitam, seja quando o caminho é a construção do novo, seja quando o caminho é a reconstrução do que foi construído no passado e já carece de uma nova oportunidade.

Foi também agradável sentir, nas palavras proferidas pelo senhor ministro das Obras Públicas, Prof. Dr. António Mendonça, o reconhecimento público do empreendedorismo empresarial da fileira da Construção e do Imobiliário que reafirma a vocação social das empresas em iniciativas e missões como as que se propõe o CIMLOP.

Ao reconhecer este papel, o Prof. Dr. António Mendonça, reconhece também que o Estado, aqui entendido como o Poder executivo, deve ser coerente com esta justa apreciação e contribuir, de forma mais efectiva, com apoios adequados às tarefas que a Confederação do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa desenvolve num parceria essencialmente vantajosa para o país.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 6 de Novembro de 2010 no Jornal de Notícias

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