O sector imobiliário é um dos que mais pode e deve contribuir para a internacionalização da Economia portuguesa, pela via da captação de investimentos estrangeiros num mercado imobiliário que é, queira ou não quem o tenta desvalorizar, um dos mais seguros da Europa.

Nesta  perspectiva importa que, as organizações empresariais do sector vocacionadas e empenhadas nessa batalha da internacionalização possam ser finalmente  também contempladas nos apoios previstos no âmbito das verbas do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN).

A promoção e a divulgação internacionais do nosso imobiliário, sector de relevância para a economia nacional, tem sido, mesmo sem apoios, uma constante do movimento empresarial do imobiliário, num esforço que exige continuidade e que, para isso, carece que seja efetivamente reconhecido.

Sem aqueles apoios (já existentes para outros sectores) torna-se difícil ou mesmo impossível desenvolver esta vertente que pode implicar a criação de redes de suporte para empresas e empreendedores, a elaboração de estudos de mercados e toda uma eficaz ação de promoção de Portugal.

A Seleção Portuguesa de Futebol ao chegar aos quartos de final do Euro 2012, com a real possibilidade de continuar em frente (escrevo antes do jogo com a República Checa embora este texto saia a público depois desse desafio), já fez muito pela visibilidade de Portugal no Mundo. Importa aproveitar o balanço.

Agora, os estádios onde teremos de continuar esse esforço da promoção da nossa boa imagem, sector imobiliário incluído, são fóruns internacionais, são feiras temáticas, espaços privilegiados para encontrar e convencer a investir em Portugal quem está disponível e interessado em investimentos seguros.

Como presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa (CIMLOP) sei como é importante, para esse desígnio da promoção de uma boa imagem no estrangeiro, uma ação constante e bem estruturada, sem esmorecimentos. Isto é particularmente válido neste sector.

Esta é uma razão mais do que suficiente para que os apoios comunitários do QREN destinados a esta vertente vital para o país possam estender-se às entidades que, comprovadamente, têm desenvolvido essa tarefa mesmo sem beneficiarem das ajudas existentes.

Luís Lima

Presidente da APEMIP

luis.lima@apemip.pt

Publicado no dia 23 de junho de 2012 no Jornal de Notícias

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