Uma letra pode fazer uma enorme diferença. Um valor imobiliário é diferente de um valor mobiliário. O mercado dos valores mobiliários (sem o i inicial) é um dos segmentos do mercado financeiro centrado nos investimentos, em dinheiro vivo ou em bens com valor monetário, colocados em empreendimentos ou projetos. São investimentos de risco, em que o investidor não gere o bem que possui mas pode alienar a respectiva posição sem-pre que o desejar salvo em situações concretas condicionadas a prazos de vencimento. São bens que são susceptíveis de se moverem às vezes com excessiva volatilidade.

No extremo oposto situam-se os ativos sem risco – de que os depósitos bancários são o exemplo mais clássico – todos eles de baixa rentabilidade e no meio (dizem que no meio está a virtude) o investimento em bens imobiliários, cuja procura tem vindo a crescer. E cresce entre pequenos investidores, entre grandes investidores, como o são os fundos de pensões, e até entre fundos soberanos, ou seja, grosso modo, as aplicações dos países. Uma tendência que beneficia o imobiliário português olhado pelos investidores institucionais como uma excelente oportunidade, face aos preços atrativos.

Modéstia à parte, tenho vindo a revelar, fruto da minha experiência de profissional do sector, aquilo que os investigadores que estudam os comportamentos dos mercados, estão a comprovar – o imobiliário é um investimento que atrai e em mercados como o nosso, mercados que resistiriam e combateram o risco das bolhas imobiliárias, é um investimento mais rentável do que os que parecem ser de todo em todo seguros e muito mais seguro do que os de elevado risco, os tais que são móveis, tão móveis que em alguns momentos chegam a evaporar-se para sempre.

A provar esta tendência, prevê-se que o imobiliário português possa captar investimentos no corrente ano de 2015 que atinjam os mil milhões de euros, grande parte do qual investimento estrangeiro que se multiplica por cinco ou seis ao potenciar outras atividades como as da gastronomia, dos tempos livres, da saúde, todas elas fundamentais para a nossa economia.

Luís Lima
Presidenta da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 18 de Maio de 2015 no Diário Económico

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