Faço votos para que o ano de 2015, que será comum e não bissexto, seja incomum pelo sentido de excepcional, de extraordinário, de surpreendente. Que 2015 possa confirmar todas, ou pelo menos muitas, das esperanças que foram sendo anunciadas durante o ano de 2014, em especial no que toca à nossa recuperação económica, um desafio para o qual o sector imobiliário está preparado e quer contribuir de forma decisiva.

Faço votos para que os números dos preços de venda das casas mantenham a tendência que o Instituto Nacional de Estatística (INE) detectou para os primeiros nove meses de 2014, ou seja, uma tendência de subida a fazer regressar o valor do nosso património construído ao justo e equilibrado.

Faço votos para que o ano de 2015 seja fraco ou nulo em surpresas desagradáveis como as que abalaram a nossa Economia e até a nossa confiança em 2014 e principalmente para que traga um esclarecimento cabal e transparente sobre algumas questões que perturbaram o nosso rumo de recuperação.

Que nenhuma dúvida reste sobre a transparência que deve existir nos negócios imobiliários  com investidores estrangeiros feitos através dos programas de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold) e do Regime Fiscal para Residentes não Habituais, programas cuja oportunidade é mais do que evidente.

Faço igualmente votos para que haja condições que garantam a continuação da vontade da banca em aumentar o crédito à habitação, fazendo em simultâneo diminuir o valor dos spreads, numa clara aposta do sistema financeiro na nossa Economia. O aumento das transações e do valor dos negócios no mercado imobiliário português é do interesse de Portugal, olhando do lado das famílias portuguesas.

Esta riqueza acumulada com tanto sacrifício pedia e pede, há muito, muito maior liquidez. Se esta liquidez aparecer em 2015, como se deseja e espera, o novo ano poderá ser realmente um ano incomum. Incomum no melhor sentido da palavra, pois sendo comum por não ser bissexto, que seja igualmente um ano excepcional, um ano extraordinário, um ano surpreendente, um ano esperançoso, um ano transparente.

Incomum.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 05 de Janeiro de 2015 no Diário Económico

Translate »