Os esperançosos resultados da Economia Portuguesa cimentam-se em grande parte nas exportações, no aumento das exportações, sendo também justo que se equipare a exportações a crescente internacionalização do imobiliário português, seja ela alcançada pela via das autorizações de residência concedidas pelos Vistos Gold, seja por outra via.
O imobiliário, como sempre disse, faz parte da solução para a nossa crise não sendo, como alguns quiseram fazer crer, um dos problemas dessa mesma crise. Terá sido – reconheço que foi – um problema noutros países, mas em Portugal, que resistiu à tentação de inflacionar os preços a níveis próprios das bolhas, em Portugal não existiu esse problema.
Pelo contrário, em Portugal o imobiliário português é competitivo e apresenta uma oferta qualitativa ímpar, quer no plano da construção, quer no pleno da arquitetura ou até do urbanismo, seja ao nível da construção seja ao nível da arquitetura e até ao nível do urbanismo em algumas localizações mais privilegiadas.
Isto potencia a “exportação” do nosso imobiliário que se afirma também pela imagem de Portugal como país que se oferece com uma qualidade de vida ímpar considerando o binómio preço / qualidade, considerando a quantidade de dias em que o Sol brilha, considerando a hospitalidade dos portugueses, a abertura aos estrangeiros, a gastronomia…
Mas para que esta imagem se traduza numa efetiva internacionalização do nosso imobiliário é preciso promover, de forma eficaz, o nosso país no estrangeiro, mostrando, nos lugares certos, que somos um país de exceção para passar férias, para acolher uma Terceira Idade que quer viver tranquilamente e até para servir de base a quem queira trabalhar num ambiente tão favorável, o que é possível em muita atividade que se serve das modernas tecnologias de informação.
Esta missão nacional de promover Portugal no estrangeiro, pensando na nossa oferta imobiliária, por exemplo nas potencialidades turísticas que se abrem com a Reabilitação Urbana das nossas principais cidades, esta missão indispensável, que tem vindo a ser desenvolvida nomeadamente pelo movimento associativo empresarial, tem de merecer mais e mais significativos apoios.
As exportações também se fazem por esta via.
Luís Lima
Presidente da CIMLOP
Confederação da Construção e do Imobiliário de Língua Oficial Portuguesa
Publicado no dia 17 de março de 2014 no Diário Económico