As palavras que o Presidente Cavaco Silva endereçou, numa recepção no Palácio de Belém, a cerca de 120 embaixadores e chefes de missão portugueses, mais do que um incentivo e uma prova de confiança na diplomacia portuguesa, servem também, como indicadoras de um dos rumos possíveis para a recuperação da Economia.
Nesta intervenção proferida para diplomatas portugueses, o Presidente da República sublinhou a necessidade urgente de utilizar a acção diplomática na sua vertente económica, num quadro claro de investimento de futuro que, nas próprias palavras do Professor Cavaco Silva, “é um investimento de elevada rentabilidade económica e social”.
O Presidente da República lembrou, no quadro do presente desequilíbrio das contas externas, “a necessidade urgente do nosso país em conquistar mercados para os nossos produtos, de conquistar contratos para as nossas empresas, de conseguir atrair investimento estrangeiro e de convencer mais turistas a visitar Portugal”.
Com o rigor do economista, o Professor Cavaco Silva lembrou as estimativas oficiais para o desequilíbrio das nossas contas externas (estimado em 8,6 % do produto, num ano em que o produto terá caído 2,7 %), o que torna ainda mais urgente toda a acção externa que visa abrir novos mercados para os produtos portugueses.
Sem falsas modéstias, julgo oportuno sublinhar o esforço que a mediação imobiliária portuguesa, organizada na APEMIP, tem vindo a desenvolver no sentido da internacionalização do nosso imobiliário, apostando em mercados clássicos e emergentes e, principalmente, nas potencialidades do espaço onde se fala português, outra das linhas chave da nossa diplomacia.
Publicado dia 24 de Abril de 2010 no Expresso