A mediação imobiliária portuguesa está desejosa que lhes larguem os CAE, ou melhor, que lhes alarguem os CAE para que, finalmente, possa beneficiar de apoios de que há muito é credora pelo papel que tem vindo a desempenhar no esforço de internacionalização da nossa Economia.

Ninguém vive só de palmadinhas nas costas, embora seja agradável saber que o nosso esforço neste sentido, esforço, sublinhe-se, muito pouco corporativo, é reconhecido e até apontado como um exemplo no quadro do desempenho das associações empresariais.

Nós, que também somos Estado na exacta medida em que o conceito alargado e rigoroso de Estado engloba território, língua e população (e não restritivamente apenas os órgãos de soberania), nós  temos a obrigação de agir antes de reclamar e de contribuir para a solução, não para o problema.

Por estes tempos, em se evoca o cinquentenário da eleição do presidente Kennedy, fica bem lembrar aquela célebre passagem do discurso da posse de JFK quando ele exorta a que não se pergunte o que o Estado pode fazer por cada um para que cada um pergunte o que pode fazer pelo Estado.

Nós, mediação imobiliária, sabemos bem o que podemos fazer pelo Estado e pela Economia. Sabemos e temos cumprido o nosso dever de empresários empenhados no bem colectivo. Mas é justo que possamos beneficiar dos apoios que estas acções merecem.

Para isso, basta que nos (a)larguem os CAE, isto é, para quem não está familiarizado com estas siglas, os códigos das competências profissionais da mediação imobiliária, há muito desactualizados e desajustados da realidade do país e do sector.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 13 de Novembro de 2010 no Expresso

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