A indústria dos tempos livres e do turismo, incluindo nesta última o turismo residencial, é, não só uma das indústrias do futuro, como também, uma daquelas que, de imediato, pode mais rapidamente contribuir para a retoma económica que a estabilidade de países como a nosso procura, no quadro das vicissitudes que o mundo das economias de mercado enfrenta.

Com soluções inovadoras, fiáveis e competitivas na oferta de meios para a deslocação de grandes fluxos de viajantes, os destinos turísticos que verdadeiramente querem competir neste campo têm de estar preparados para se reinventarem como oferta, e, se necessário, descobrir novos mercados que substituam os que eventualmente se esgotarem.

Do lado da oferta, como em muitas actividades, há, por vezes, a tentação da cedência ao facilitismo das rotinas que durante décadas foram funcionando, mesmo em momentos de alguma crise, e uma enraizada, mas não seguramente certa, convicção que diz que as coisas, mais dia menos dia, vão voltar ao que eram nos bons velhos tempos.

Nenhum futuro vive dos bons velhos tempos. O futuro vive da capacidade que possamos ter de encontrar soluções eficazes para os desafios concretos que se nos colocam, o que no caso do turismo, nomeadamente no caso do turismo residencial, implica a adopção de novos paradigmas de actuação de todos os que estão envolvidos nesta actividade chave.

É isto que, seguramente, vai ouvir-se hoje em Lagoa, num seminário que a Associação de Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) promove num Algarve que continua a ser um destino turístico de excelência, e que, pode assumir-se de forma muito competitiva na inevitável concorrência com outros destinos turísticos de nomeada, incluindo os mediterrânicos.

É, para utilizar uma linguagem de fim-de-férias, a nossa “rentrée”, a “rentrée” da mediação imobiliária, este ano com presenças, entre outras, do Senhor Secretário de Estado do Turismo, Dr. Bernardo Trindade e do Senhor Administrador Executivo da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Dr. Luís Florindo, dois oradores que sublinham a oportunidade desta reflexão à volta do turismo como âncora para a retoma económica.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 20 de Agosto de 2010 no Diário de Notícias

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