Revisitar para entender o mercado da habitação do Algarve, revendo tudo o que julgamos saber sobre o perfil dos residentes, nacionais e estrangeiros, e sobre a própria oferta imobiliária para o turismo, o que implica conhecer a região, a sua história e as suas raízes culturais, revisitar o Algarve, foi a viagem que a mais recente edição do Seminário “Portugal 360º”, iniciativa que tem a chancela do Banco Espírito Santo (BES), propôs a um conjunto de oradores e convidados reunidos no passado dia 18, num dos resorts de referência do Algarve, o Vale do Lobo Resort.

Esta reflexão é tão necessária e oportuna quanto, também nesta área, o salto do ciclo da quantidade para o ciclo da qualidade, que, em turismo, se traduz num turismo de massas, muito ao gosto da dominante turística do Sul de Espanha, versus um turismo mais seleccionado, de maior qualidade e de maior exigência na oferta, tem de ser equacionado e transposto com a segurança de quem quer consolidar um dos mais importantes destinos turísticos da Europa, reconhecido
internacionalmente há meio século, mas, relativamente preservado no plano ambiental, uma das actuais mais valias.

A redescoberta de um Algarve de excelência pode obrigar-nos a alterar o ângulo da nossa abordagem às práticas turísticas mais adequadas, em alguns casos não na roda completa dos 360º sugeridos pela sigla deste Seminário, mas apenas em 180ª, o que é muito mais, pois corresponde a olhar para o lado oposto. O Algarve e a Economia Portuguesa justificam esta permanente reflexão, a que a Fileira da Construção e do Imobiliário sempre acrescenta muito do que é decisivo.

Luís Carvalho Lima
Presidente da Direcção Nacional da APEMIP

Publicado dia 26 de Junho de 2010 no Expresso

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