Quando chegamos ao primeiro dia da última quinzena de um ano, o countdown, ou, para ser mais português, a contagem decrescente, é já inevitável. Os mais pequenos contam os dias que faltam para a Noite de Natal, em Portugal uma noite de sapatinhos cheios de prendinhas, e nós, mais adultos, contamos os dias que faltam para o Ano Novo, quase sempre prenunciado de Ano Bom, pelo menos nos cartões de Boas Festas.

O sector imobiliário em Portugal, que já viveu um 2015 em fase de retoma, tem razões para aguardar um bom 2016. Desde logo pelo anúncio de que uma parte muito significativa da banca, que tem vindo a conceder mais crédito para a compra de casa, voltando a valores que já não eram atingidos há alguns anos, vai continuar a apostar neste negócio e a aumentar, ainda mais, as quotas do crédito para a habitação.

A expetativa para o sector imobiliário no ano que vem é muito positiva, como ouvi dizer o Dr. Cabral dos Santos, Administrador da Caixa Geral de Depósitos com o pelouro do sector imobiliário, que indicou ainda que as perspetivas para a atribuição de crédito em 2016 são otimistas.

Muita da retoma do setor passa e continuará a passar por aqui, como aliás também referiu o Dr. Leite Maia, da Administração do Banco Santander Totta, ao confirmar que aquele banco atingiu o aumento da quota da atribuição de crédito à habitação que tinha previso para 2015, preparando-se para a aumentar no próximo ano. 

É claramente visível a confiança do sector financeiro português no sector imobiliário português. É evidente que a banca, neste final de 2015 e já a pensar no Ano Bom que se deseja para 2016,  acredita na recuperação e na valorização dos ativos imobiliários em Portugal, o que é uma ótima notícia para a dinamização da Economia portuguesa de novo a contar com o papel motor que este sector já voltou a desempenhar.

Acresce a esperança que renasce pelo sinal positivo que saiu do acordo da Cimeira da Terra, em Paris, a apontar, no nosso caso, para uma aposta muito séria na Reabilitação Urbana, nomeadamente numa reabilitação que incorpore avanços em matéria de racionalidade na utilização dos recursos energéticos que os edifícios precisam. numa linha de força que consolida o imobiliário como motor de um desenvolvimento sustentado.

Neste primeiro dia da última quinzena do ano de 2015, que, entre nós, vai terminar em plena campanha para a eleição de um novo Presidente da República, o sector imobiliário português tem razões para se sentir orgulhoso do papel que tem vindo a desempenhar no reerguer de Portugal e pode continuar otimista quanto ao futuro pelas boas notícias que estão a chegar, na conjugação de múltiplos empenhos a remar para o mesmo lado.

Boas razões para nesta época de reflexões e festejos podermos também brindar ao imobiliário.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com 

Publicado no dia 16 de Dezembro de 2015 no Público

Translate »