O turismo residencial em Portugal como motor da nossa recuperação económica está a gerar curiosidade e interesse noutros mercados e em mercados tão diversificados quanto diferentes são as realidades dos  Estados Unidos da América e de Cabo Verde, dois países para os quais estou convidado a ser, em breve, testemunha desse nosso sucesso em tão importante sector de actividade, um dos que se projecta com mais futuro no Mundo.

Detendo-me no universo caboverdiano, registo, com agrado, o convite que a Câmara de Turismo de Cabo Verde me endereçou para participar, como um dos oradores, no Encontro Internacional de Turismo que aquela câmara vai organizar na capital cidade da Praia, no início do próximo mês de Dezembro, em colaboração com o Ministério da Economia e do Emprego de Cabo Verde e com a Associação de Municipios de Cabo Verde.

Os responsáveis pelo Turismo de Cabo Verde pedem-me que revele a fórmula que utilizamos entre nós no sucesso da reconhecida enorme capacidade de Portugal na captação de investimento estrangeiro através deste importante sector da Economia. E tudo isto em pouco tempo, ou seja, num espaço de cinco anos,  subimos ao podium dos países que mais atraem investimento através do Turismo Residencial, conseguindo, simultaneamente, reabilitar de forma significativa grande parte do nosso património construído a carecer de reabilitação.

Modéstia à parte, esta meta da internacionalização do nosso imobiliário, num diálogo constante com o Turismo e a Reabilitação Urbana, foi, desde o primeiro minuto, um das minhas bandeiras como dirigente empresarial associativo do sector, mesmo enfrentando, nos primeiros tempos, críticas internas daqueles velhos do Restelo que descriam da importancia do imobliario para o turismo residencial. Hoje os números e as perspectivas de futuro encarregam-se de os desmentir totalmente.

De 5 a 7 de Dezembro, na cidade da Praia, o sector do turismo caboverdiano debaterá temas tão importantes para a Economia daquele país, e dos países que apostam no Turismo, como são os da segurança interna, os da qualidade da oferta, sem esquecer aspectos importantíssimos como sejam a inclusão do arquipélago na rota dos cruzeiros e a adopção de bandeiras azuis nas praias e nas marinas, num enquadramento onde o sucesso do imobiliário residencial também será tema, com os exemplos do Brasil e principalmente de Portugal.

Tenho de reconhecer um indisfarçável orgulho por ser chamado a testemunhar o nosso sucesso neste campo, sejam nos mercados, como o dos Estados Unidos da América, que nos olham como destino seguro e apetecível para investimentos também seguros, seja em mercados, como o de Cabo Verde, que estão interessados em replicar no próprio país o nosso sucesso neste campo, sabendo, como todos nós sabemos, que também têm condições – e boas – para tal.

Não seremos santos milagreiros na nossa própria casa, o que também não é muito importante, mas sabemos tocar, como poucos, a melodia do turismo e há muito quem realmente goste e queira ouvir a harmonia desta nossa música.

Luís Lima
Presidente da CIMLOP
presidente@cimlop.com

Publicado no dia 16 de Novembro de 2016 no Público

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